Autoavaliação das escolas: Regulação de conformidade e regulação de emancipação
Resumo
A autoavaliação das escolas emerge nas políticas educativas no quadro de novos referenciais e de novos instrumentos de governança, associada a conceitos como eficácia, eficiência e qualidade. No entanto, há outros conceitos que se lhe colam, como controlo, sujeição, coerção...
Focalizando os contextos da ação e supondo a diversidade das construções sociais, numa perspetiva construtivista, tem-se procurado investigar o seu impacto na regulação da ação educativa enquanto instrumento e processo político, partindo de um intervalo teórico que opõe a conformidade à emancipação. A primeira, com um sentido resignado, constrangedor, de “mudar para que tudo fique na mesma”; a segunda, com um sentido voluntarista, libertador, de melhoria contínua.
Avançou-se para o terreno numa aproximação aos atores, experimentando e explorando a técnica da entrevista coletiva, em que estes dão conta e se dão conta da complexidade das construções em que se movem, e dos confrontos entre saberes, poderes e quereres, lidos por nós numa rede interpretativa fluida, tendo como referência a abordagem dos três i – interesses, instituições e ideias.
Neste artigo adiantam-se e partilham-se alguns dos dados da investigação nos três contextos em estudo – três escolas secundárias públicas de uma mesma cidade.
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