Experimentação como estratégia de aprendizagem para desenvolver capacidades de pensamento crítico no ensino de Ciências
Resumo
A experimentação no ensino de Ciências pode ser uma estratégia de aprendizagem que promove questionamentos e discussões, fortalece a autonomia intelectual dos alunos e aumenta seu interesse nas atividades, habilidades necessárias para o desenvolvimento do pensamento crítico. Nessa direção, surge a questão central desse estudo: A implementação da experimentação como estratégia de aprendizagem no ensino de ciências pode contribuir para a manifestação do pensamento crítico dos alunos? Assim, estabeleceu-se como objetivo geral: analisar os resultados da implementação da experimentação como estratégia de aprendizagem no Ensino de Ciências para o desenvolvimento das capacidades de pensamento crítico em alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa, de abordagem qualitativa, do tipo intervenção-ação, seguiu um processo cíclico composto por quatro fases, a saber: planejamento, ação, observação e reflexão. Foram coletados dados por meio de escalas de autoavaliação dos alunos nas atividades propostas, protocolos de desempenho e diário de campo. O estudo foi realizado em uma escola municipal no litoral sul do Espírito Santo, com uma turma de 5º ano. Os resultados, analisados à luz da taxonomia do pensamento crítico de Ennis, compartilham a ideia de que as atividades experimentais, como estratégia de aprendizagem, propostas no ensino de ciências podem favorecer a manifestação do pensamento crítico dos alunos nos primeiros anos de vida escolar.
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