Supervisão Pedagógica no contexto educativo português: perspetivas, sintomas e práticas
Resumo
Este artigo baseia-se numa investigação realizada na Universidade Aberta no âmbito do mestrado em Supervisão Pedagógica. Assume um caráter exploratório, analisando uma amostra não probabilística de docentes, a lecionar nas diferentes regiões educativas do país e em distintas fases do seu percurso profissional. Parte da assunção, de caráter psicossocial, de que o indivíduo e o meio surgem conectados numa relação dialética que os torna interdependentes. Procura conhecer as perspetivas dos docentes acerca da forma como estes valorizam e como reconhecem estarem presentes, nos processos de supervisão pedagógica (SvP) vivenciados, os principais conceitos de SvP que suportam a sua prática hodierna, apresentados sob a forma de afirmações e qual o contributo atribuído pelos docentes às práticas de SvP vivenciadas sobre a modificação das suas práticas pedagógicas, o aumento do sucesso dos seus alunos, o seu desenvolvimento profissional o desenvolvimento do autoconhecimento e crescimento pessoal. Metodologicamente, optou-se por um estudo quantitativo-interpretativo com a aplicação de um inquérito por questionário com respostas fechadas, associadas a uma escala Likert de cinco itens. A análise dos resultados foi orientada pelas seguintes caraterísticas sociodemográficas: i) o tipo de vínculo laboral; ii) o tempo de serviço; iii) as regiões educativas onde lecionam. Os resultados são sintomáticos de que existe, por parte dos docentes uma valorização dos principais construtos teórico-práticos que consubstanciam a SvP, mas os participantes consideram a sua presença, nos processos de SvP vivenciados, bastante mitigada. O contributo das práticas de SvP sobre os quatro aspetos supracitados é considerado, pelos participantes, igualmente bastante reduzido.
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