A Contratação do Intérprete de Língua Gestual Portuguesa nas Escolas Públicas
Resumo
O presente artigo analisa e apresenta a visão de alguns intérpretes de língua gestual portuguesa alusiva aos concursos de contratação de escola, com base na legislação em vigor, e as suas implicações no acesso à admissão. O processo baseou-se em dois grupos focais, tendo como requisito serem intérpretes de língua gestual portuguesa que tivessem exercido ou exercessem funções em Escolas de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos (EREBAS) antes e após a implementação do Decreto-lei nº. 132/2012. O estudo salienta os principais resultados obtidos, referentes ao sistema de recrutamento de contratação destes técnicos para o exercício da sua função nas EREBAS, como o impacto da ambiguidade dos subcritérios impostos pelas escolas, a elaboração de inúmeros portefólios e a realização de entrevistas de avaliação de competências que se traduzem numa classificação atribuída. Os depoimentos apontam para as dificuldades sentidas pelos intérpretes de língua gestual portuguesa e as suas expetativas para um concurso e seleção equitativos. Verificando-se que é da responsabilidade da Direção das escolas executar a seleção do candidato, pretende-se com este estudo contribuir para a reflexão das controvérsias em torno dos concursos, com vista a promover um sistema de recrutamento eficaz.
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