Flora lenhosa no paisagismo de escolas públicas: percepção dos gestores sobre a escolha das espécies e do seu potencial didático

  • Francisco Alves Santos Universidade Estadual do Ceará, Campus FACEDI-Faculdade de Educação de Itapipoca https://orcid.org/0000-0003-1525-679X
  • Alexsandra de Sousa Cordeiro Universidade Estadual do Ceará, Campus FACEDI-Faculdade de Educação de Itapipoca
  • Maria Adriele dos Santos de Sousa Universidade Estadual do Ceará, Campus FACEDI-Faculdade de Educação de Itapipoca
  • Isabel Cristina Higino Santana Universidade Estadual do Ceará, Campus FACEDI-Faculdade de Educação de Itapipoca https://orcid.org/0000-0001-9553-1944
  • Andréa Pereira Silveira Universidade Estadual do Ceará, Campus FACEDI-Faculdade de Educação de Itapipoca.  https://orcid.org/0000-0001-6785-5319
Palavras-chave: Arborização escolar, Cegueira Botânica, Espécies Exóticas

Resumo

A arborização de espaços urbanos tem por finalidade mitigar efeitos danosos gerados pela modificação dos ambientes naturais, assim como objetivos estéticos. Esta ação, por vezes, ocorre de forma desordenada, podendo gerar transtornos pela introdução de espécies exóticas. As escolas também promovem arranjos florestais na composição da arborização envolvente. Neste contexto, pretendeu-se entender o processo para a constituição da coleção paisagística de escolas públicas de ensino médio de Itapipoca, Ceará, Brasil. O estudo foi dividido em duas etapas, a primeira correspondeu à apresentação da pesquisa sobre a aplicação de um questionário aos gestores de três escolas, procurando compreender os critérios norteadores para a escolha das espécies. Na segunda realizou-se o levantamento e a identificação das espécies lenhosas utilizadas na arborização das escolas. Foi possível identificar a ausência de critérios técnicos e científicos para a escolha das espécies, assim como a falta de entendimento deste ambiente como espaço de utilização pedagógica em aulas de Ciências e Biologia. A flora foi composta por 20 espécies, sendo 11 exóticas e 9 nativas, com predomínio da exótica Azadirachta indica A. Juss, que contabilizou 65% dos indivíduos amostrados. Estas informações apontam não só para a necessidade de uma discussão sobre os potenciais riscos de utilização de espécies exóticas, como ações de sensibilização para o reconhecimento, a valorização e a utilização das espécies nativas em atividades pedagógicas, nos espaços arborizados das escolas. 

Publicado
2020-07-30
Como Citar
Santos, F., Cordeiro, A., de Sousa, M., Santana, I., & Silveira, A. (2020). Flora lenhosa no paisagismo de escolas públicas: percepção dos gestores sobre a escolha das espécies e do seu potencial didático. Indagatio Didactica, 12(3), 89-106. https://doi.org/10.34624/id.v12i3.20043
Secção
Avaliação em educação