Práticas de trabalho colaborativo nas equipas educativas – perspetivas dos professores envolvidos
Resumo
A escola tem procurado implementar novas dinâmicas de trabalho, impulsionada não só por normativos legais, mas também para encontrar respostas para os inúmeros desafios com que se depara. Assim, tem procurado reorganizar as suas dinâmicas de trabalho, tentando substituir um modelo tradicionalmente individualista por um modelo que assente em práticas de trabalho colaborativo (TC), como são disso exemplo as Equipas Educativas (EE) (Formosinho & Machado, 2009).
Após um inquérito por questionário, aplicado aos professores que integraram as EE e um inquérito por entrevista, aplicado aos coordenadores das EE, bem como pela análise de documentos estruturantes da escola, verificou-se que estas práticas resultam da realização de reuniões, que decorrem de acordo com o definido pela escola, onde são abordados essencialmente casos individuais de alunos e situações de indisciplina. São apontadas, como barreiras ao TC, a constituição da própria equipa ou as atitudes dos professores e, como facilitadores, a existência de um tempo previsto para as reuniões, a estabilidade do corpo docente e a relação entre professores. Na perceção dos professores, a colaboração docente nas EE é benéfica para alunos, professores e para a escola em geral. Contudo, há alterações que é necessário introduzir para melhorar a eficácia do TC, como uma maior flexibilidade nas reuniões e a promoção de um ambiente que incentive a participação ativa de todos os membros. Acresce a autonomia das EE, que deve ser ampliada para que possam adaptar as suas práticas às necessidades específicas de cada contexto escolar.
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