A prática da educação inclusiva nas escolas profissionais a partir do DL 54/2018: perceção dos docentes e formadores
Resumo
A escola é cada vez mais palco da heterogeneidade de alunos com necessidades específicas, oriundos de contextos socioeconómicos e culturais diversificados. Neste contexto, a inclusão assume-se como uma das prioridades das escolas – incluindo as escolas profissionais – materializada através da aplicação de um conjunto de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, de acordo com o Decreto-Lei 54/2018, de 6 de julho (DL). Através da aplicação de um inquérito por questionário aos docentes/formadores de escolas profissionais e partindo da ideia de uma escola democrática e inclusiva, objetivou-se entender a perceção dos docentes/formadores de escolas profissionais no que toca aos resultados da aplicação das medidas previstas pelo normativo, no contexto do ensino profissional. Pretendeu-se compreender em que medida estes profissionais consideram que a aplicação destas medidas promove a aprendizagem/desenvolvimento de competências e conhecimentos na área de formação, e almejou-se saber se, no entender destes docentes/formadores, a aplicação do DL está, de facto, a promover a inclusão dos alunos sujeitos a medidas. Foi possível perceber que, de um modo geral, os docentes/formadores consideram que as medidas estão a surtir o efeito desejado, apesar de apontarem um conjunto de limitações que comprometem o sucesso da aplicação do disposto no diploma legal no âmbito do ensino profissional.
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