Os espaços exteriores na história da educação de infância em Portugal: contributos para compreender o presente e perspetivar o futuro
Resumo
Considerando a importância do brincar nos espaços exteriores e o seu lugar nos contextos de educação de infância portugueses, neste trabalho, propomos uma reflexão sobre esta problemática percorrendo alguns marcos da história da educação de infância em Portugal. Olhando o período da Monarquia Constitucional (1834-1909), 1.ª República (1910-1926), Estado Novo (1933-1974) até ao Pós 25 de Abril de 1974, assinalamos preocupações e/ou sinais de investimento nos espaços exteriores dos contextos de educação de infância ao nível de ideias, discursos, políticas e iniciativas desenvolvidas em diferentes períodos da história.
A partir da análise realizada, reflete-se sobre dinâmicas sociais (à escala global), que parecem redirecionar tendências e prioridades educativas em educação de infância. A redução das oportunidades para brincar ao ar livre em contextos sociais e familiares, aliada à aparente preocupação de pais e profissionais com a promoção de competências “escolares”, parecem contrariar valores enfatizados no percurso histórico da educação de infância, que importa relançar através de políticas educativas respeitadoras da especificidade da educação nos primeiros anos.
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