Autonomia e flexibilidade curricular na perspetiva dos diretores: entre o ceticismo e a adesão
Resumo
Neste artigo abordamos o projeto da autonomia e flexibilidade curricular (PAFC) na perspetiva dos diretores. Os dados decorrem de um estudo mais vasto que envolveu, numa primeira fase, entrevistas semiestruturadas a 25 diretores de agrupamentos/escolas não agrupadas. Os dados remetem para discursos divergentes e até antagónicos: por um lado, há um discurso maioritário, relativamente radical e crítico, que põe em causa a política curricular em si e o seu processo de implementação, recenseando os aspetos que obstaculizam a mudança; por outro lado, há um discurso minoritário de adesão, embora muitas vezes crítica ao PAFC, no qual é possível encontrar uma apropriação do racional das políticas em causa: o impacto positivo nos resultados dos alunos, a autonomia conferida ao professor e à escola, a possibilidade de práticas interdisciplinares, a relação da escola com o meio e a promoção da mudança das práticas em sala de aula.
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