Géneros escolares segundo a Escola de Sydney: propósitos, estruturas e realizações textuais
Resumo
O presente artigo propõe uma introdução aos géneros escolares, como suporte do trabalho a realizar pelos professores, na implementação de abordagens de leitura e de escrita de base genológica. Adota, para o efeito, os princípios teóricos e metodológicos da Linguística Sistémico-Funcional e, mais especificamente, dos estudos de género desenvolvidos no seio da Escola de Sydney. O artigo define o conceito de género, introduz uma sistematização de géneros escolares, organizada em função dos seus propósitos sociocomunicativos, discute a estrutura dos géneros e aflora a questão dos textos não canónicos ou mistos. O artigo socorre-se da descrição dos géneros escolares proposta em obras de referência da Escola indicada, como Martin e Rose (2008) ou Rose e Martin (2012), adaptando-a e ilustrando-a com dados originais relativos à realidade portuguesa, recolhidos no âmbito do projeto “Textos, Géneros e Conhecimento – para o mapeamento dos usos disciplinares da língua nos diferentes níveis de ensino”, desenvolvido no CELGA-ILTEC da Universidade de Coimbra. Defende-se que o domínio das características dos diferentes géneros, designadamente dos seus objetivos sociocomunicativos e da sua organização estrutural, constitui o fundamento para a ação pedagógica segundo a perspetiva que integre os géneros no processo de ensino e aprendizagem.
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