Filosofia escolar e saúde: uma investigação para além do senso comum
Resumo
A maneira como a filosofia é ensinada na escola não contempla o diálogo com a saúde, o que constitui uma lacuna na relação filosofia-ensino-saúde. Dessa forma, a presente pesquisa procura responder à seguinte pergunta de investigação: Como o ensino da filosofia escolar pode tornar-se um campo de reflexões favoráveis à promoção da saúde? A hipótese de trabalho propõe que um ensino desfragmentado da filosofia na escola básica, de caráter holístico, teria o potencial de promover debates sobre a saúde como qualidade de vida. Dessa forma, o objetivo geral do estudo é investigar a potencialidade do ensino da Filosofia escolar em interface com a saúde. A metodologia empregada, como recurso de análise qualitativa, está ancorada no modelo de triangulação de dados, conjugando os enfoques empíricos trazidos pelas entrevistas e observações, leituras críticas de documentos legais, curriculares e pedagógicos pertinentes ao problema e o plano teórico-conceitual, que contempla a noção foulcaultiana da “clinica”, a ideia de “corporeidade”, de Merleau-Ponty, e o conceito de “saúde” segundo Almeida-Filho e Ferguson, numa perspectiva holística e transdisciplinar. Os resultados preliminares indicam que tal ponto de vista ainda não é significativamente adotado pelos professores em termos teóricos e práticos, constituindo uma importante lacuna no campo de pesquisa.
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