Turismo cemiterial - o «porquê» e o «onde»
Resumo
No século 20, a morte foi considerada tabu, assustadora e fora de controlo. Hoje algo mudou. Vemos como atrações turísticas sítios que estão ligados com a morte, como memoriais e museus de guerra, campos de batalha, campos de prisioneiros, cemitérios.
Em Portugal o Turismo cemiterial começa a atrair pessoas. Cemitérios históricos são classificados como
Património Nacional, os municípios cuidam-nos, dotam-nos com infraestruturas e as visitas guiadas tornam-se comuns.
O Turismo cemiterial tem sido visto como um ramo do Turismo Negro. Mas as motivações que levam
os visitantes àqueles locais, indicam outra realidade, como procuraremos mostrar.
Referências
Afonso, L. R. G. (2010) Turismo Cemiterial: O cemitério como espaço de lazer. Monograa. Apresentada ao Curso de Turismo. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. Disponível em
http://centrodocumentacao.turismodeportugal.
pt/Nyron/Library/Catalog/winlibsrch.aspx?skey=
E5E47E54279A0D70F20AE36D50E∩=&pesq=5&
thes0=10221&doc=26556. Consultada em 12 de janeiro
de 2017.
Almeida, M. (2007) Morte, Cultura, Memória: Múltiplas
Interseções. Uma interpretação acerca dos cemitérios oitocentistas situados nas cidades do Porto e Belo Horizonte. Tese (Doutorado em História) Faculdade de
Filosoa e Ciências Humanas da Universidade Federal de
Minas Gerais.
Almeida, M. (2016). A cidade e o cemitério: uma experiência em educação patrimonial. Revista M Dossier
Morte, Poder e Política, vol. 1, no1. pp. 217-234.
Alvarez Sousa, A. (2010). Sociología del turismo. 2
a ed.
Madrid: Udima.
Ariès, P. (1988) O Homem Perante a Morte. Lisboa;
Europa-América.
Bittner, M. (2011) Dark Tourism Evaluation of Visitors
Experience after Visiting Thanatological Tourist Attractions. In Turizam, Volume 15, Issue 4
Borges, G. P. (2007). Turismo Negro. Em Comunicar, Comunicação e Marketing, disponível em
http://www.comunicar.com.br/downloads/artigo%
Turismo_Negro.pdf. Consultado em 18 de novembro
de 2011.
Cabral, J. P. C. & Feijó, R. G. (1985). Um conito de
atitudes perante a morte: a questão dos cemitérios no
Portugal contemporâneo in A Morte no Portugal Contemporâneo, dir. de Rui G Feijó, Hermínio Martins, João
de Pina Cabral. Lisboa: Querco, pp. 175-208.
Catroga, F. (1999) O céu da memória: cemitério romântico e culto cívico dos mortos. Coimbra: Libraria Minerva
Editora.
Chiavenato, J. J. (1998) A Morte: uma Abordagem Sociocultural. São Paulo: Moderna.
Coutinho, B. (2012) Há morte nas catacumbas? Um estudo
sobre turismo negro. Aveiro: Universidade de Aveiro.
Dissertação de mestrado. Disponível em https://
ria.ua.pt/bitstream/10773/10167/1/Dissertacao_
Belmira_Coutinho.pdfconsultadoa10demaiode2017
Dann, G. S. (1981). Tourist motivation - an appraisal.
Annals of Tourism Research, 8(2), pp 187219.
Del Puerto, C. & Baptista, M. L. (2015) Espaço cemiterial e Turismo: campo de ambivalência da vida e morte.
Revista Iberoamericana de Turismo- RITUR, Penedo,
vol. 5, n.1. Disponível em http://www.seer.ufal.
br/index.php/ritur/article/view/1611/1307. Consultada em 20 de setembro de 2017.
Dias, F. (2009). Visão de síntese sobre a problemática da
motivação turística, Percursos & Ideias - No 1 - 2a
série,
pp. 117-140
Diogo, A. (2017) Património Cemiterial: entre a materialidade e o espírito do lugar. Reexão sobre a valorização e
gestão da morte enquanto património artístico, pertença
e memória coletiva. Revista Memoriamedia, 2. Art. 4.
Eliade, M. (1999) O Sagrado e o Profano. A Essência das
Religiões. Lisboa: Livros do Brasil
Fernandes, J. A. R (1997) Prado do Repouso, o primeiro
grande cemitério do Porto. O Tripeiro. Porto, 7 a
série,
Ano XVI, no
. 9-10, p. 270-273, Setembro/Outubro de
Hamscher, A. N. (2003) Talking Tombstones: History in
the Cemetery. Magazine of History, Volume 17, Issue 2
Hudson, S. (1999). Consumer Behavior Related to Tourism in Consumer Behavior in Travel and Tourism by
Yoel Mansfeld & Abraham Pizam. Londres, Routledge,
, pp. 7-32.
Joly, D. (2010). The Dark Tourist sightseeing in the
world's most unlikely holiday destinations. London: Simon & Schuster.
Kendle, A. (2008). Dark Tourism: Exploring the Fine Line
Between Curiosity and Exploitation e Grief Tourism:
Straddling the Boundary Between Sympathy and Snooping em I'm not a ballerina, I'm a traveler and a thinker,
disponível em https://www.notaballerina.com/2008/
/web-pirouette-dark-tourism.html. Consultado
em 11 de setembro de 2016.
Kugelmass, J. (1994). Why We Go To Poland: Holocaust
Tourism as Secular Ritual. In Young, J. (ed.) The Art
of Memory: Holocaust Memorials in History. New York
& Munich: Prestel-Verlag.
Lennon, J. & Foley, M. (2010). Dark tourism: the attraction of death and disaster. London: Cenage Learning.
Light, D. (2017) Progress in dark tourism and thanatourism research: An uneasy relationship with heritage tourism. In Tourism Management, Volume 61, August
Disponível em https://www.sciencedirect.
com/science/article/pii/S0261517717300092. Consultado em 11 de novembro de 2017.
Marques, C. (2009). Motivações das Viagens Turísticas
para Regiões do Interior - O Caso do Douro. Vila Real:
UTAD (Dissertação de Doutoramento).
Martins, F. G. (2015). Arquitectura funerária: conceitos e
lógicas propositivas no cemitério do século XX. Dissertação de Mestrado em Arquitectura. Lisboa: Universidade Lusíada. Disponível em http://hdl.handle.net/
/1360. Consultada em 12 de março de 2018.
Maslow, A. H. (1970). Motivation and personality. 2nd
edition, Londres, Harper & Row.
Meyer, L. & Peters, J. (2001). Tourism A conservation tool for St. Louis Cemetery No1. In: Dead
Space Studio, Univ. of Pennsylvania Disponível em:
http://cml.upenn.edu/nola/pdfs/Tourism.pdf. Consultado em 6 de novembro de 2013).
Mill, R. C. & Morrison, A.M. (1985). The tourism system:
an introductory text. Englewood Clis: Prentice Hall.
Monin, B. (2007). Shedding light on dark tourism. The
Pittsburgh Post Gazette, 13 de Abril de 2007. Disponível em http://www.post-gazette.com/life/travel/
/04/13/Shedding-light-on-dark-tourism/
stories/200704130300. Consultada em 11 de setembro
de 2016.
Monteiro, G. (2016) Sobre Turismo Cemiterial. Elegia,
revista semestral da AAFC, No 4, julho 2016
Mumford, L. (1970). The Culture of Cities. Orlando, Harcourt Brace Jovanovich Publishers.
Mundt, C. A. (2016). Motivation and Behaviour in Cemetery Tourism: A Case Study of Glasnevin Cemetery, Dublin, Ireland. Thesis submitted to University
College Dublin for the Master of Science. Disponível
em: file:///C:/Users/jmaia/Downloads/Courtney_
Mundt_UCD_MSc_Thesis.pdf. Consultada em 15 de julho de 2017.
Osman, S. A. & Ribeiro, O. C. F. (2007). Arte, história, turismo e lazer nos cemitérios da cidade de São
Paulo. Licere, Belo Horizonte, volume 10, no
.1, pp. 1-15,
abril de 2007. Disponível em: http://www.anima.eefd.
ufrj.br/licere/pdf/licereV10N01_a6.pdf. Consultada em: 7 de março de 2010.
Parrinello, G. L. (2005). Motivation and anticipation in
post-industrial tourism in The Sociology of Tourism:
Theoretical and Empirical Investigations, edited by Yiorgos Apostolopoulos, Stella Leivadi & Andrew Yiannakis.
Londres e Nova Iorque: Routledge, pp 75-89.
Pearce, P. L. (1987). Psychological Studies Of Tourist
Behavior And Experience, Australian Journal of Psychology, Volume 39, no 2, pp. 173182, Agosto de 1987.
Pécsek, B. (2015). City Cemeteries as Cultural Attractions: Towards an Understanding of Foreign Visitors' Attitude at the National Graveyard in Budapest. Deturope,
, 1. Disponível em http://www.deturope.eu/img/
upload/content_42123976.pdf. Consultado em 15 de
julho de 2017.
Pegas, A. P. C. (2013) O visível que não se vê e o património cemiterial: proposta de criação de uma Rota Turística dos Cemitérios do Porto. Dissertação de Mestrado.
Porto: Faculdade de Letras.
Queiroz, J. F. F. (1998) Cemitérios Oitocentistas Portugueses - Os Museus da Morte. Revista Museu. Porto,
IV série, no
. 7.
Queiroz, J. F. F. (2002). Os Cemitérios do Porto e a arte
funerária oitocentista no Norte de Portugal. (Tese de
Doutoramento). Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Queiroz, J. F. F. (2008). Os cemitérios históricos e o seu
potencial turístico em Portugal, Em Anuário 21 Gramas,
n
o 1. Disponível em http://www.franciscoqueiroz.
com/Cemiterios_historicos_Potencial_Turistico_
Portugal_versao_21_gramas. Consultado em 20 de
maio de 2016
Queiroz, J. F. F. (2009). A escultura nos cemitérios portugueses (1835-1910): artistas e artíces. In FerreiraAlves, Natália Marinho (Coord.). A Encomenda. O Artista. A Obra. Porto: CEPESE .pp. 235-247.
Queiroz, F. & Rugg, J. (2003). The development of cemeteries in Portugal c.1755 c.1870. In: Mortality, vol. 8
(2).
Ragon, M. (1981). L'espace de la mort: essai sur
l'architecture, la décoration et l'urbanisme funéraires.
Paris: Albin Michel.
Rezende, E. C. M. (2000) Metrópole da Morte Necrópole
da Vida Um estudo Geográco do Cemitério de Vila Formosa. São Paulo: Carthago Editorial, 2000.
Rezende, E. C. M. (2006). O Céu aberto na Terra. Uma
Leitura Dos Cemitérios na Geograa Urbana de São
Paulo. São Paulo: Necrópolis.
Rezende, E. C. M. (2007). Cemitérios. São Paulo: Necrópolis.
Rodrigues, J. C. (2006) Tabu da Morte. Rio de Janeiro,
Editora Fiocruz.
Ryan, C. (1991). Recreational Tourism: A Social Science
Perspective. Londres: Routledge.
Sharpley, R. & STONE, P.R. eds. (2009) The Darker
Side of Travel: The Theory and Practice of Dark Tourism. Bristol, UK: Channel View Publications.
Schwartz, V. R. (1999) Spectacular Realities. Early Mass
Culture in Fin-de-Siècle Paris. Berkeley; University of
California Press
Sousa, G. V. (2009). Arte e Sociabilidade no Porto Romântico. Porto: CITAR/ Universidade Católica do Porto.
Stone, P. R. (2006). "A Dark Tourism Spectrum: towards
a typology of death and macabre related tourist sites,
attractions and exhibitions". TOURISM: An Interdisciplinary International Journal 54.2, pp. 145-160.
Stone, P. R. (2010) The Dark Tourist Experience: Mediating Between Life and Death in Sharpley R. & Stone
Philip. R. (eds) Tourist Experiences: Contemporary Perspectives. London: Routledge.
Stone, P. R. (2011) Dark tourism: towards a new postdisciplinary research agenda. In Journal of Tourism
Anthropology, Vol. 1, Nos. 3/4.
Vovelle, M.(1993). L'heure du grand passage: chronique
de la mort. Paris: Gallimard.
Young, J. E. (1993) The Texture of Memory: Holocaust
Memorials and Meaning. New Haven: Yale University
Press.
Yuill, S. M. (2003) Dark tourism: understanding visitor motivation at sites of death and disaster. Texas: Texas
A&M University, Dissertação de mestrado. Disponível
em http://repository.tamu.edu/handle/1969.1/89,
consultado a 4 de março de 2017.
VV.AA (s/d) O que é o Grupo Saudade Perpétua,
em https://saudadeperpetua.weebly.com/ e https:
//www.facebook.com/saudadeperpetua/