“Velho Mundo” versus “Novo Mundo”: Diferentes perfis e comportamento de viagem do enoturista?

  • Diana Cunha
  • Maria João Carneiro
  • Elisabeth Kastenholz
Palavras-chave: Enoturista, perfil sociodemográfico, comportamento de viagem, Velho Mundo

Resumo

A indústria mundial vinícola tem vindo a ser consensualmente compreendida de acordo com a dicotomia "Velho Mundo" versus "Novo Mundo". Esta distinção tende a refeetir-se no enoturismo que aí é praticado, sendo o enoturismo do "Velho Mundo" mais centrado no vinho, na degustação e compra/venda do vinho, enquanto o enoturismo do "Novo Mundo" tende a ser mais abrangente no sentidoda experiência turística, considerando, para além do vinho, toda a envolvência, como a paisagem rural, as atividades que aí se podem desenvolver, uma experiência mais global do território e da sua cultura e natureza. Mas será esta distinção repercutida nas características sociodemográficas e no comportamento de viagem do visitante? Esta revisão da literatura visa comparar o perfil sociodemográfico e o comportamento de viagem dos enoturistas de "Velho Mundo" e de "Novo Mundo". Para tal, foram analisados 60 trabalhos científicos, maioritariamente desenvolvidos nos últimos cinco anos. Os resultados sugerem que o enoturista de "Velho Mundo" e de "Novo Mundo" se diferencia apenas no que respeita ao sexo, sendo maioritariamente do sexo masculino no primeiro caso e do sexo feminino no segundo. São discutidos estes resultados com especial ênfase nas narrativas sociais sobre o consumo de álcool. Para além disso, os resultados indicam ainda uma lacuna na investigação acerca do comportamento de viagem do enoturista, sobretudo observável, sublinhando-se a necessidade de se continuarem a desenvolver estudos neste âmbito, especialmente considerando a dicotomia "Velho Mundo"/"Novo Mundo".

Publicado
2020-11-19
Como Citar
Cunha, D., Carneiro, M. J., & Kastenholz, E. (2020). “Velho Mundo” versus “Novo Mundo”: Diferentes perfis e comportamento de viagem do enoturista?. Revista Turismo & Desenvolvimento, (34), 113-128. https://doi.org/10.34624/rtd.v0i34.22354
Secção
Artigos