Gestão integrada de zonas costeiras: a importância para os destinos turísticos

  • Tatiana Mortiz Universidade de Aveiro
  • Fátima Lopes Alves Universidade de Aveiro
  • Carlos Costa Universidade de Aveiro
Palavras-chave: Turismo, Zonas Costeiras, Planeamento, Erosão costeira

Resumo

Estima-se que 80% dos fluxos turísticos mundiais estejam orientados para ecossistemas frágeis existentes nas zonas costeiras, o que contribuiu para um processo de ocupação territorial desordenado, promovendo uma considerável especulação imobiliária e problemas socioambientais. Ao compreender que as zonas costeiras se constituem como ambientes extremamente frágeis, suscetíveis a transformações, a complexidade na gestão destas áreas concerne na estruturação de planos integrados por setores de atividades potenciais. O impacto nas comunidades costeiras se potencializa com o avanço do nível do mar e erosão costeira. Diante do exposto pretende-se apresentar as transformações provocadas pelo processo de erosão costeira ocorrido na orla da praia de Ponta Negra - Natal/RN/Brasil. Em sua dinâmica e expansão, o turismo na praia impôs o reordenamento espacial e funcional. No ano de 2000, a praia tinha 3 km da orla marítima urbanizada. Ao longo dos anos o avanço do mar diminuiu a faixa de areia e, a partir de 2010, as marés altas surtiram preocupação. Em janeiro de 2012, ocorreu uma ressaca na maré de lua cheia que danificou o calçadão. O processo arrastou-se sem solução, chegando à intervenção dos tribunais. Sem ações concretas, em 2013, inicia-se uma obra emergencial (enrocamento) a fim de minimizar os impactos causados pela erosão, enquanto se clama por uma solução efetiva em consonância com as características do local.

 

 

Publicado
2014-01-01
Como Citar
Mortiz, T., Alves, F. L., & Costa, C. (2014). Gestão integrada de zonas costeiras: a importância para os destinos turísticos. Revista Turismo & Desenvolvimento, 3(21/22), 153-165. https://doi.org/10.34624/rtd.v3i21/22.12019
Secção
Gestão de destinos