As contradições do ecoturismo: o caso da Área de Proteção Ambiental (APA) Corumbataí-Botucatu-Tejupá
Resumo
Essa pesquisa buscou verificar a relação que o homem possui com áreas naturais e entender como está sendo desenvolvido o ecoturismo nessas áreas, sobretudo na Área de Proteção Ambiental (APA) Corumbataí-Botucatu-Tejupá. Considerando o interesse do homem sobre a natureza, existem duas vertentes intrigantes e opostas: ora sua interpretação é de patrimônio natural e outrora, como mais um recurso a ser explorado pelas forças dominantes de mercado. Nesse contexto, surgem alguns conflitos de interesses e a dialética do próprio significado do chamado ecoturismo. É possível a existência das atividades de turismo que não gere impactos e transformações? O que é o ecoturismo? É mais uma adaptação do sistema dominante a fim de atender novas demandas ou a panaceia e salvação para a natureza e comunidade local? Essas questões são polêmicas e talvez sem uma única resposta. O fato é que há uma tensão de conflitos neste espaço, enquanto uns lutam pela conservação, outros defendem seus interesses econômicos de desenvolvimento da infraestrutura para o lazer e turismo. Para o entendimento desses conflitos, os instrumentos utilizados foram: revisão bibliográfica, visita de campo, caderno de campo, palestras com gestor da APA, Secretária do Meio Ambiente e Secretária do Turismo de Brotas. Com base nesta metodologia aplicada foi possível a obtenção de base para a argumentação e entendimento das questões levantadas.