Turismo e gastronomia: reflexões sobre o patrimônio imaterial alimentar em Minas Gerais, Brasil

  • Denise Santos Instituto de Nutrição Josué de Castro da UFRJ
  • Maria Oliveira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Palavras-chave: Patrimônio imaterial, turismo, gastronomia

Resumo

O surgimento de uma nova categoria de patrimônio, a imaterial, alterou as políticas dedicadas a esse setor e o entendimento e reflexão sobre o que pode ser considerado patrimônio. Nesse contexto, os saberes tradicionais passaram a integrar essa nova categoria e ganharam notoriedade enquanto atrativo turístico. Em Minas Gerais o saber fazer do Queijo Minas Artesanal foi reconhecido como patrimônio pelo IPHAN, esse reconhecimento tem auxiliado na conservação das técnicas  tradicionais, na valorização dos produtos e produtores, e na atualização das legislações que regem esses produtos e na adequação por parte dos produtores. A partir da política de regionalização do turismo, através dos Circuitos Turísticos Oficiais do Estado de Minas Gerais, e o maior enfoque no desenvolvimento sustentável das comunidades detentoras dos saberes tradicionais, o turismo passou a abordar a culinária tradicional como um produto de grande destaque e valor. A característica dinâmica desses patrimônios e culturas alimentares é um grande desafio na sua apropriação enquanto produto turístico. Assim, o papel dos Circuitos regionalizados de turismo é possibilitar ao turista vivenciar a cultura e gastronomia local de forma sustentável, minimizando os impactos da atividade turística sobre esses saberes tradicionais.

 

Publicado
2017-01-01
Como Citar
Santos, D., & Oliveira, M. (2017). Turismo e gastronomia: reflexões sobre o patrimônio imaterial alimentar em Minas Gerais, Brasil. Revista Turismo & Desenvolvimento, 1(27/28), 1097-1102. https://doi.org/10.34624/rtd.v1i27/28.9807
Secção
Cultura e património