Estarão as empresas de animação turística preparadas para trabalhar com pessoas com incapacidade? O caso de Portugal
Resumo
A prestação de serviços de animação turística a pessoas com incapacidade (PcI) deveria ser uma realidade não só porque é um direito de quem procura e um dever de quem oferece o serviço turístico, mas também porque esta atividade proporciona benefícios pessoais, sociais e económicos importantes. Os serviços de animação turística nos destinos são cada vez mais valorizados e pensados estrategicamente para integrar o produto turístico como "um todo". No entanto, um número muito limitado de estudos avalia o nível de acessibilidade dos produtos turísticos, principalmente as atividades de animação que são desenvolvidas e comercializadas por empresas de animação turística (EAT).
Neste contexto, este estudo pretende analisar o nível de acessibilidade das EAT em Portugal. Para dar resposta a este objetivo foi administrado um inquérito por questionário às EAT localizadas em Portugal continental. Os resultados obtidos revelam que na maioria dos casos as EAT não estão preparadas para trabalhar com PcI. No entanto, observa-se que já existem algumas empresas, embora em número muito reduzido, que se especializaram neste mercado. Com base nos resultados obtidos são definidas algumas estratégias que poderão ser utilizadas pelas EAT para aumentarem o nível de acessibilidade dos produtos que comercializam.