O guia-intérprete: mediador intercultural

  • Luís Miguel Brito Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
Palavras-chave: Turismo intercultural, Guia-intérprete, Competências comunicativas interculturais, Glocalização

Resumo

A citação acima resume a essência do turismo como fenómeno cultural, intercultural e global. Partindo deste pressuposto, propomos que o turismo intercultural seja examinado como uma interdisciplina, formada pela intersecção de outras disciplinas, tanto da área da Sociologia como das Humanidades. Numa abordagem intercultural cabem ainda sugestões de inserção de outras matérias.
O papel de mediador cultural é desempenhado pelo guia-intérprete que detém o poder da informação. Esse poder permite-lhe influenciar tanto o turista como a comunidade de acolhimento. Se o guia usar correctamente o seu poder será parcialmente responsável pelo retorno do turista. O guia tem um papel crucial na promoção do destino através da satisfação do cliente. Este será também um óptimo promotor do destino, pelo fenómeno chamado “boca a boca”.
Por outro lado, os guias-intérpretes põem o turista em contacto com a cultura local, utilizando um discurso com referências à escala global. Só desenvolvendo as necessárias competências interculturais, o guia-intérprete será capaz de transmitir com clareza a sua mensagem.
Em que consiste o turismo intercultural? Qual o papel dos guias-intérpretes no estabelecimento de relações interculturais? Quais as competências interculturais que devem desenvolver os profissionais para comunicar com os clientes?

Concluir-se-á que os guias-intérpretes estabelecem uma ponte segura e fiável entre os actores do turismo, desde que desenvolvam as necessárias competências interculturais.

Publicado
2008-01-01
Como Citar
Brito, L. M. (2008). O guia-intérprete: mediador intercultural. Revista Turismo & Desenvolvimento, (10), 67-84. https://doi.org/10.34624/rtd.v0i10.13565
Secção
Artigos