O papel dos Sistemas de Gestão de Destinos no desenvolvimento do turismo cultural: Análise da vertente transacional destes sistemas no que concerne a produtos turísticos culturais

Resumo

Em vários destinos de turismo balnear, o turismo desenvolveu-se com forte dependência de intermediários (operadores turísticos) externos que operam sob lógicas de economia de escala.
Os Sistemas de Gestão de Destinos (Destination Management Systems - DMS) são plataformas tecnológicas que agregam informação de vários fornecedores turísticos de um determinado destino. Estas aplicações distinguem-se de outras plataformas tecnológicas de promoção de destinos sobretudo pela sua vertente transacional, permitindo que os potenciais visitantes reservem e comprem produtos turísticos diretamente aos fornecedores. Os DMS possibilitam melhor interação entre fornecedores, promoção mais coordenada do destino e maior autonomia de fornecedores e destinos face a intermediários tradicionais, nomeadamente ao nível da promoção e distribuição. Os DMS têm, portanto, um importante papel na diversificação da oferta turística e no desenvolvimento de produtos turísticos que não se baseiam necessariamente em lógicas de economias de escala, tais como o turismo cultural.
Neste artigo pretende-se discutir as vantagens dos DMS para os destinos turísticos culturais e analisar a oferta de produtos culturais transacionada através de DMS. O estudo empírico consiste na análise de conteúdo de oito DMS. O artigo termina com as conclusões e implicações relevantes para a gestão de destinos.