Os turistas no museu: (dis) ou indispensáveis
Resumo
Específicas:
Falta ao Museu de Alberto Sampaio uma política consistente e permanente de divulgação da sua imagem e das suas actividades e um esforço de adaptação dos seus serviços às necessidades e motivações deste segmento de público.
Gerais:
Há toda a conveniência nos museus tratarem os turistas como um segmento de público diferenciado dos restantes visitantes dos museus. Há factores importantíssimos que determinam os consumos turísticos e não os consumos culturais habituais:
– O condicionamento do tempo.
– A improbabilidade do regresso.
– A visita fazer parte do próprio acto de viajar.
– A vontade de libertação em relação a rotinas, sejam elas culturais ou não.
– O condicionamento do idioma.
– O conhecimento superficial do contexto histórico e socio-cultural do país visitado.
– O desconhecimento dos códigos simbólicos da cultura visitada.
A ausência de um tratamento diferenciado deste público leva a que, por um lado, se percam potenciais visitantes pela incapacidade dos museus conseguirem divulgar a sua existência através dos canais mais utilizados pelos turistas, e, por outro, se propicie uma experiência incompleta ou negativa por desadequação dos serviços do museu à especificidade deste grupo. O comportamento dos turistas tem uma lógica própria resultante de “estar turista”, mais do que ser turista.