Os turistas no museu: (dis) ou indispensáveis

  • Helena Baltazar Universidade do Porto

Resumo

Específicas:

Falta ao Museu de Alberto Sampaio uma política consistente e permanente de divulgação da sua imagem e das suas actividades e um esforço de adaptação dos seus serviços às necessidades e motivações deste segmento de público.

Gerais:

Há toda a conveniência nos museus tratarem os turistas como um segmento de público diferenciado dos restantes visitantes dos museus. Há factores importantíssimos que determinam os consumos turísticos e não os consumos culturais habituais:

– O condicionamento do tempo.

– A improbabilidade do regresso.

– A visita fazer parte do próprio acto de viajar.

– A vontade de libertação em relação a rotinas, sejam elas culturais ou não.

– O condicionamento do idioma.

– O conhecimento superficial do contexto histórico e socio-cultural do país visitado.

– O desconhecimento dos códigos simbólicos da cultura visitada.

A ausência de um tratamento diferenciado deste público leva a que, por um lado, se percam potenciais visitantes pela incapacidade dos museus conseguirem divulgar a sua existência através dos canais mais utilizados pelos turistas, e, por outro, se propicie uma experiência incompleta ou negativa por desadequação dos serviços do museu à especificidade deste grupo. O comportamento dos turistas tem uma lógica própria resultante de “estar turista”, mais do que ser turista.

Publicado
2010-01-01
Como Citar
Baltazar, H. (2010). Os turistas no museu: (dis) ou indispensáveis. Revista Turismo & Desenvolvimento, 3(13/14), 1127-1128. https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.13123