Desenvolvimento da atividade turística: o caso do nordeste brasileiro
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar o desenvolvimento da atividade turística da região nordeste do Brasil. Para a análise dos dados foi utilizado o método estatístico descritivo e o método comparativo. Através do PRODETUR/NE verificou-se uma redução das barreiras que dificultavam o desenvolvimento da atividade turística na região nordeste, sobretudo as relacionados com as infraestruturas turísticas. As principais capitais do nordeste, Salvador, Recife e Fortaleza, ocupavam, em 2003, a 3ª, 4ª e 5ª posições no ranking das cidades mais visitadas do Brasil. Houve um incremento no número de passageiros desembarcados nos aeroportos nordestinos, considerado como indicador do fluxo turístico. A capacidade instalada da rede hoteleira nas capitais do nordeste registrou um aumento de 94%, de 1996 a 2009, e a região
apresentou uma taxa de ocupação superior a 63%, bastante próxima da média nacional. A receita turística no nordeste brasileiro aumentou, em média, 97% no período 2002-2008. Observou-se, ainda, que 43% dos investimentos portugueses no Brasil foram realizados na região nordeste do Brasil e que 69% das empresas portuguesas no Brasil atuam no setor de serviços, das quais 15% pertencem ao setor hoteleiro. A partir do cenário exposto, depreende-se que o turismo se tornou uma atividade estratégica para o nordeste, na medida em que atrai novos investimentos e cria novas oportunidades de negócios e de trabalho, permitindo compatibilizar o crescimento económico, o desenvolvimento social do seu povo, bem como a preservação dos recursos e belezas naturais da região.