A identidade turística do território da União Europeia: Um olhar português
Resumo
A oferta turística tem vindo a crescer como facto da política europeia, por razões que se prendem tanto com a evolução interna do fenómeno na UE como com o aparecimento de fortes concorrentes externos. Importa, por isso, refletir sobre as relações que se possam estabelecer entre i) a eventual emergência do território da União como um destino turístico autónomo e ii) os processos de gestão da oferta dos sub-destinos turísticos que o compõem e os mecanismos da sua procura.
O resultado da consulta a um painel de especialistas mostra que o entendimento acerca das consequências para Portugal de uma eventual emergência do território da União como um destino turístico autónomo não é consensual, tanto no que respeita ao sentido positivo ou negativo dessas consequências como às matérias que consubstanciam as opiniões expressas.
Por outro lado, os dados recolhidos a partir de um inquérito aos portugueses sobre a importância que atribuem, nos seus processos de escolha entre destinos turísticos, à condição de alguns deles estarem incluídos noutros Estados-membros da UE diz-nos que ela não é muito significativa, sendo apenas valorizados alguns aspetos indiretos que decorrem dessa condição (por exemplo, ausência de vistos e de controlo alfandegário, moeda única, em alguns casos a proximidade geográfica).