Condicionantes e contributos das Organizações Não Governamentais de Ambiente para a sustentabilidade do turismo em ilhas: estudo de caso do Arquipélago dos Açores, Portugal.
Resumo
Inserido na dinâmica da economia global, o turismo pode ser um setor estratégico para a sustentabilidade dos países, apresentando grande versatilidade e capacidade de crescimento. Sendo uma atividade que promove grandes impactos, positivos e negativos, está em permanente evolução de conceitos e práticas. Se implementada e gerida de forma responsável, pode promover sinergias de crescimento e complementaridades com outros agregados de produção local, contribuindo para atenuar as assimetrias regionais, gerar emprego, coesão social e estimular o desenvolvimento sustentável, nomeadamente em ilhas. Neste contexto, este estudo tem como objetivo analisar a atuação das Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) na sustentabilidade do turismo em territórios insulares, com aplicação ao caso do arquipélago dos Açores. O intuito é demonstrar a importância de um modelo de turismo que envolva as ONGA, de forma responsável, participativa, inclusiva e ética. Optou-se como metodologia o estudo de caso, através da análise qualitativa. Deste modo, os resultados demonstram que as ONGA nos Açores possuem um importante papel na sustentabilidade do turismo, contribuindo direta e indiretamente para o desenvolvimento da atividade. Todavia, é preciso o reconhecimento deste papel por parte dos atores envolvidos no turismo, de modo a fomentar sinergias para a criação de uma rede coesa e participativa, distinguindo as singularidades do destino.
