O simbolismo da poesia de Camilo Pessanha e o seu reflexo nas obras de compositores portugueses

Palavras-chave: Camilo Pessanha, Clepsidra, Fernando Lopes-Graça, Simão Barreto, Filipe de Sousa, António Chagas Rosa

Resumo

O espírito de busca de sonoridade musical em versos poéticos, a inspiração pela efemeridade de tempo e sensação, a vivência da saudade portuguesa e da nostalgia chinesa, a visão poética obscura e imaginária, tudo isto manifestado em Camilo Pessanha marca uma presença singular, na poesia contemporânea portuguesa. Em Macau, Pessanha produziu uma parte significativa da Clepsidra, e traduziu textos literários chineses. Estes trabalhos não só fizeram vibrar os sentimentos dos poetas contemporâneos como também ofereceram fontes de inspiração aos compositores da música contemporânea portuguesa. Este artigo pretende estudar a poesia de Pessanha e o seu simbolismo refletido nas obras dos compositores, nomeadamente Fernando Lopes-Graça, Filipe de Sousa, Simão Barreto e António Chagas Rosa. Além de Fernando Lopes- Graça, os restantes compositores incluídos no estudo estão relacionados com Macau ou com a cultura chinesa, as suas obras serão objetos de análise, com intuito de desvendar a ressonância entre palavra, símbolo e música.

Referências

Barreto, S. (1996). Clepsidra. Revista de Cultura 26 II série, 77-101. Macau: Instituto Cultural de Macau.

Pessanha. C. (1914). Prefácio às Oito Elegias Chinesas. Jornal O Progresso. https://sites.google.com/site/pesscam/sinologo/literatura-chinesa.

Spaggiari, B. (2014). Camilo Pessanha Clepsidra. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

Yao, J. M. (1998). Camilo Pessanha e Oito Elegias Chinesas. Revista de Cultura 37 II série, 155-163. Macau: Instituto Cultural de Macau.

Publicado
2021-10-14
Secção
Artigos