Rotas a Oriente. Revista de estudos sino-portugueses https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente <p><em>Rotas a Oriente. Revista de estudos sino-portugueses</em>&nbsp;é coeditada pela Universidade de Aveiro, através do seu Instituto Confúcio, e pela Universidade de Línguas Estrangeiras de Dalian (R. P. China), com o objetivo de promover a publicação de investigação científica no âmbito dos estudos sino-portugueses.</p> pt-PT <p class="p1"><span class="s1">Os direitos permanecem com os autores.</span></p> <p class="p1"><span class="s1">Licença Creative Commons: Atribuição 4.0 Internacional.</span></p> rotasaoriente@ua.pt (Leonardo Marcotulio) confucio@ua.pt (Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro) Sex, 30 Mai 2025 13:34:13 +0100 OJS 3.1.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Editorial https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40004 <p>Editorial da Revista Rotas a Oriente 4 (2024).</p> Leonardo Marcotulio, Cuicui Cheng ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40004 Ter, 20 Mai 2025 00:00:00 +0100 A China como tema na imprensa alemã do século XVII https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40013 <p>A China é um dos países que mais interesse despertou na Europa dos séculos XVII e XVIII. Os primeiros viajantes entoam surpresa e admiração face a uma sociedade de grande abastança, riqueza e polícia. A imagem traçada acerca da sociedade e cultura asiáticas será um tema bem presente nas redes de conhecimento europeias, mormente na imprensa editorial alemã que sempre revelou grande interesse na apropriação e divulgação de notícias e conhecimentos sobre “novos mundos”. O presente artigo pretende aferir qual o lugar reservado à China. Quem são os autores editados na Alemanha dos séculos XVII? Qual o papel do editor na construção e divulgação dos relatos de viagem? Quais as redes e grupos de agentes culturais interessados em divulgar notícias e imagens sobre a China? Que a atividade tipográfica na Europa tinha um grande poder na representação da China não é uma novidade. Importa, todavia, averiguar quais as formas e suportes iconográficos criados nos centros livreiros alemães. Os relatos de viagens como os de portugueses, entre outros, serão editados, em língua alemã, em edições de grande mérito artístico e cultural, pelo que intentar-se-á perceber o papel desta mediação.</p> Marília dos Santos Lopes ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40013 Qua, 21 Mai 2025 00:00:00 +0100 A filosofia dos contos infantis chineses https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40016 <p>Neste artigo que terá como ponto de partida obrigatório a obra referencial de Eça de Queirós, o <em>Mandarim</em>, pretende-se abordar a filosofia ou filosofias subjacentes aos contos infantis contemporâneos portugueses com temáticas chinesas nas obras de escritores como José Cardoso Pires, Alice Vieira, António Torrado e Afonso Cruz, quais os preconceitos que geram, mas também os olhares mais compreensivos e positivos que acolhem no âmbito da atual literatura infantil portuguesa. Vai-se procurar construir a imagem ou imagens filosóficas que nos transmitem dos chineses, das suas mentes e dos seus comportamentos, bem como da matriz cultural e das ideias modelares e arquetípicas, à maneira junguiana, que os escritores portugueses oferecem instintiva ou inconscientemente através de certas personagens para entender como são perspetivados, de um modo positivo e negativo, os chineses.</p> Ana Cristina Alves ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40016 Qua, 21 Mai 2025 00:00:00 +0100 Tradução Português-Chinês de Literatura Infantil na Perspetiva da Teoria da Receção: o Caso da Obra A Fada Oriana https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40019 <p>A tradução de literatura infantil do português para o chinês deve priorizar as necessidades e a compreensão do jovem leitor chinês, pois isso influencia diretamente a receção da obra original portuguesa na China. No presente trabalho, apresentaremos primeiramente a tradução de literatura de potencial receção infantil à luz da Teoria da Receção, resumindo os quatro principais horizontes de expetativa atribuídos aos leitores infantis chineses. Posteriormente, faremos uma abordagem de tradução da obra bilingue «奥丽安娜仙女 – <em>A Fada Oriana</em>», escolhida como estudo de caso para uma análise ao nível linguístico, retórico e cultural, através de excertos concretos. Na última parte, sintetizaremos estratégias e sugestões úteis, visando oferecer algumas pistas para aqueles que pretendam ou estejam a enveredar pela especialidade de tradução português-chinês, com especial foco em livros infantis, promovendo o desenvolvimento dos Estudos de Tradução desta esfera.</p> Song Lin, Bruna Peixoto, Sun Lam ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40019 Qua, 21 Mai 2025 00:00:00 +0100 Lu Xun traduzido em Portugal: um panorama a partir de 1944 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40058 <p>O presente trabalho visa estudar a história da tradução portuguesa de Lu Xun: quem traduziu o quê, quando e porquê? A maioria dos estudos lidos indicam que existem poucas traduções e que todas foram publicadas depois de 1976. Porém, esses mesmos estudos não aprofundam suficientemente os fenómenos tradutórios relativos a este autor. Para construir um panorama, o presente estudo compila um catálogo de Lu Xun traduzido em Portugal através da leitura de estudos anteriores e consulta de catálogos existentes; depois, analisa os paratextos das traduções. O catálogo compilado (nos apêndices I e II) mostra 11 volumes com contos, ensaios e poemas de Lu Xun, publicados entre 1944 e 2014. Os resultados indicam que a razão intemporal de traduzir Lu Xun é o valor literário; contudo, entre 1958 e 1976, a ideologia estimula as traduções. Ademais, são sugeridas várias direções para futuras investigações à volta de Lu Xun em Portugal.</p> Charles Chon Neng Cheung ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40058 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Tradução de A Governança da China, de Xi Jinping: estudo de caso de frases selecionadas à luz do funcionalismo alemão https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40061 <p>Nos últimos anos, o estudo sobre a tradução multilingue de obras dos líderes nacionais da China tornou-se um novo campo de investigação académica, porque, no atual contexto internacional, este tipo de tradução tem ido além do próprio ato de traduzir, desempenhando um papel muito importante para a imagem da China, no exterior. O presente artigo utilizará o livro <em>Xi Jinping: A Governança da China (Vol.I)</em> como <em>corpus</em>, tendo como pressuposto teórico as teorias mais representativas do funcionalismo alemão. Centrar-nos-emos no estudo da tradução, para português, de uma seleção de frases clássicas, citadas por Xi Jinping. Abordaremos, por conseguinte, diferentes estratégias de tradução, nomeadamente referentes à estrutura simétrica da língua chinesa, à musicalidade dos caracteres chineses e a itens específicos da cultura chinesa. Paralelamente, procuraremos analisar as motivações que conduziram os tradutores a fazer determinadas escolhas, o que, por sua vez, nos permitirá refletir sobre a qualidade da tradução final.</p> Mengyao Zhang ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40061 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Os Modelos de Governança com Características Chinesas https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40064 <p>O objetivo do presente estudo é efetuar uma análise da literatura sobre o conceito de governança no contexto da República Popular da China (RPC). Embora os estudos existentes sobre a governança chinesa se centrem frequentemente na governança do ponto de vista empresarial, a presente análise exclui esse âmbito. Em vez disso, aprofunda o domínio da governança na esfera da política contemporânea na China, tanto ao nível da política externa como interna, abrangendo o período de 1978 a 2023. A falta de consenso académico sobre esta questão do posicionamento chinês em matéria de governança política é evidente tanto nos estudos chineses como nas ciências políticas, com duas perspetivas predominantes: uma que defende a ascensão pacífica da China como uma potência do <em>statu</em> <em>quo</em> e outra que apresenta a ‘ameaça chinesa’ como uma realidade tangível. Este artigo analisa os fatores que sustentam ambas as tendências, sublinhando a ambiguidade inerente e estratégica que caracteriza o posicionamento da China nesta e noutras matérias, e o papel do seu modelo de governança na nova ordem global.</p> Anabela Rodrigues Santiago ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40064 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 A China no Atlântico Sul: uma questão de segurança https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40067 <p>Embora seja um ator relativamente tardio no Atlântico Sul, a China tem vindo a envolver-se cada vez mais nas dinâmicas da região em virtude dos seus compromissos económicos, das suas necessidades logísticas e da perceção da existência de ameaças à segurança dos seus investimentos e diáspora. Por conseguinte, este artigo argumenta que num contexto em que a geoeconomia é inseparável da geopolítica, o Atlântico Sul, embora remoto para a China, tem vindo a assumir uma crescente relevância nas operações que a <em>People’s Liberation Army Navy</em> (PLAN) tem conduzido, desde 2014, na região. Como procuraremos demonstrar, o papel que o Atlântico Sul assume no quadro da estratégia marítima chinesa não é qualitativamente diferente daquele que o Índico e o Pacífico desempenham. Ao invés, a diferença reside sobretudo na intensidade, já que em virtude da geografia o Atlântico Sul é um mar distante, o que faz dele menos urgente que o Pacífico onde a assertividade chinesa é elevada. Todavia, embora distante, o Atlântico Sul tende a permitir, a médio e/ou longo prazo, à PLAN aliviar a pressão exercida pelos EUA nas águas costeiras da China.</p> Paulo Afonso Brardo Duarte ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40067 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 A atual diplomacia cultural de Portugal na China https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40070 <p>Com as novas configurações na política internacional, o papel da cultura nas relações internacionais torna-se mais importante. A combinação da diplomacia com a cultura traz uma nova dinâmica às interações entre países. A diplomacia cultural visa melhorar a imagem dos países e estabelecer afinidades não só com as elites, mas também com a massa pública do país alvo, recorrendo aos recursos culturais. Portugal, tal como as outras potências europeias, tem alavancado a sua cultura para fins políticos e económicos desde o início do século XX. O presente trabalho, ao analisar quantitativamente informações recolhidas nas redes sociais das instituições portuguesas na China (contas do <em>WeChat</em> da Embaixada Portuguesa em Pequim, do Consulado Geral de Portugal em Xangai, do Consulado Geral de Portugal em Cantão e do Turismo de Portugal), visa contextualizar em termos gerais a atual diplomacia cultural de Portugal na República Popular da China, analisando os agentes e recursos envolvidos e resumindo as caraterísticas da mesma.</p> Nuno Canas Mendes, Li Guofeng ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40070 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Geopolítica e Saúde Global https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40073 <p>Os conflitos armados e os surtos de doenças infeciosas coexistem no século XXI em várias regiões do globo. A geopolítica enfatiza o poder e a geografia dos Estados, mas a capacidade de fazer a guerra é contrariada pela Carta das Nações Unidas. Os conflitos armados conduzem a movimentos de refugiados e deslocados internos que potenciam as doenças infeciosas e a resistência antimicrobiana. Procurou-se estabelecer uma correlação entre conflitos armados e surtos de doenças infeciosas e assim compreender melhor a relação entre geopolítica e saúde global. A emergência destas doenças com impacto transnacional é influenciada pela guerra, que amplifica os efeitos e por fatores demográficos, climáticos e económicos. Concluiu-se que em determinadas circunstâncias e contextos, os conflitos potenciam o surgimento de surtos de doenças infeciosas estabelecendo uma relação causal entre eles. A reorganização dos sistemas de saúde mundiais deve contar com o contributo da geopolítica e das Relações Internacionais.</p> Luís Sobral Domingues ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40073 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Da Diplomacia de Saúde Global da China https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40076 <p>Este artigo examina o papel da Diplomacia de Saúde Global no contexto da pandemia da COVID-19, centrando-se especificamente na <em>Health Silk Road</em>. Investiga as manobras estratégicas da República Popular da China, que utilizou várias abordagens diplomáticas, como a Diplomacia das Máscaras e a Diplomacia das Vacinas, para se estabelecer como um ator proeminente na Governança da Saúde Global. O artigo explora as dimensões multifacetadas da <em>Health Silk Road</em> e o seu impacto na cooperação regional, especialmente na Ásia, África, Médio Oriente e América Latina, no domínio da saúde, na resposta a pandemias e na governança da saúde. Através de revisão da literatura e análise de documentos políticos, o artigo oferece uma visão das contribuições e desafios associados aos esforços da Diplomacia da Saúde Global da China, examinando criticamente a eficácia destas abordagens na mitigação dos efeitos da COVID-19 e no reforço dos sistemas de saúde ao longo da <em>Health Silk Road</em>. Além disso, o artigo discute o conceito de "COVID-0" como um potencial novo paradigma para a resposta à pandemia, explorando os esforços da China para atingir zero casos através de medidas de contenção rigorosas. Em última análise, este artigo pretende elucidar o leitor acerca da mudança de paradigma na Diplomacia da Saúde Global e o papel desempenhado pela China na transformação da <em>Health Silk Road</em> na sequência da pandemia da COVID-19, aferindo-se que a Diplomacia da Máscara teve melhores resultados do que a Diplomacia da Vacina.</p> Diogo Miguel Ribeiro Cardoso ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40076 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Da Terra ao Espaço https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40079 <p>À medida que a humanidade se aventura mais profundamente no cosmos, o campo da astromicologia, que estuda os efeitos das condições espaciais nos fungos, está a ganhar cada vez mais importância. Os fungos, com a sua notável adaptabilidade e capacidade de prosperar em ambientes extremos, detêm um imenso potencial para a exploração espacial. Em Macau, uma região administrativa especial da China, o Laboratório Estatal de Ciências Lunares e Planetárias (SKLPlanets) emergiu como pioneiro na investigação em astromicologia. O grupo de investigação em astrobiologia do laboratório está dedicado a compreender os efeitos das condições espaciais nos fungos e a desenvolver novas tecnologias para utilizar fungos na exploração espacial. Parte da investigação deste grupo inclui a recolha de amostras de análogos terrestres, a realização de experiências de exposição com parâmetros simulados do espaço, e a triagem de processos e estirpes fúngicas para potenciais aplicações na exploração espacial. As contribuições de Macau para a astromicologia estão a abrir caminho para descobertas revolucionárias e avanços tecnológicos que irão moldar o futuro da exploração espacial.</p> Marta Filipa Simões ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40079 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Principais características do paradigma teórico da Medicina Tradicional Chinesa https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40082 <p>A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem demonstrado um grande potencial para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas e a MTC é uma parte importante do sistema de cuidados de saúde em todo o mundo. No entanto, a compreensão da sua importância e eficácia clínica requer uma compreensão profunda do seu enquadramento teórico. O objetivo deste artigo é apresentar sucintamente as principais características do paradigma e do sistema teórico da MTC. Em primeiro lugar, o sistema teórico da MTC é caracterizado em termos gerais e, em seguida, as principais características do seu paradigma teórico são explicadas em termos simples. Neste contexto, é apresentada a sua natureza sistémica (holística), fenomenológica, dialética e centrada nas pessoas e na clínica. Por fim, enfatiza-se a importância da MTC no conceito de Um Sistema de Saúde da OMS e a sua inclusão nos novos esforços para desenvolver uma Força de Trabalho no âmbito de Uma Sistema de Saúde.</p> José Faro, Ana Varela ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40082 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 O desenvolvimento histórico e científico recente da medicina da corte imperial desde a dinastia Qing https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40085 <p>A medicina da corte imperial é um ramo da medicina tradicional chinesa (MTC) que fornece serviços médicos e de saúde para a família real desde a China antiga. Acumulou uma riqueza de teorias bem documentadas e experiências de prática clínica, incluindo medicamentos, acupuntura, massagem e outros tratamentos, que refletem as características e necessidades da cultura e do ambiente imperial. Este texto explora o desenvolvimento e destaca as principais características da medicina da corte imperial na Dinastia Qing (1644 d.C.-1911 d.C.) e discute como a medicina da corte imperial foi herdada e posteriormente desenvolvida nos tempos modernos. Resume a prática e a pesquisa da medicina da corte imperial, concentrando-se em dois aspetos principais: dietas medicamentosas para preservação da saúde e estratégias antienvelhecimento, com o objetivo de contribuir para a compreensão e a promoção da medicina da corte imperial como um valioso patrimônio cultural e importante fonte de estratégias de saúde e bem-estar para a sociedade moderna.</p> Ziwen Yang, Chen Zhao, Xin Nie, Benson Wui-Man Lau, Gloria Hio-Cheng Kam, Sai-Wang Seto, Simon Ming-Yuen Lee ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40085 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Representação do 5G chinês em Portugal https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40088 <p>A empresa chinesa Huawei tem gerado polémicas à medida que a importância da tecnologia 5G se torna evidente nos últimos anos. Em maio de 2023, Portugal decidiu expulsar a empresa na infraestrutura 5G do país, devido ao que foi considerado um “alto risco” para a segurança das redes nacionais. Numa perspetiva intertextual, este artigo pretende examinar como os jornalistas incorporam e articulam as fontes enunciativas e como se posicionam em relação às vozes externas na representação do 5G chinês em Portugal, através da recolha e análise dos textos relacionados no jornal Público de 2019 a 2023. Os resultados revelam o dilema de Portugal sobre esse assunto, acompanhado de uma evolução temática de oportunidade, preocupação e risco/recusa no contexto de competição geopolítica. Os textos explicativos destacam-se entre diferentes géneros, nos quais os jornalistas se distanciam das vozes externas por meio de citações bem atribuídas.</p> Si Chen ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40088 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Shift de modalidade deôntica na interpretação simultânea https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40091 <p>Este artigo tem por objetivo fazer uma análise semântica dos verbos modais deônticos “ter de” e “ter que”, empregados numa interpretação simultânea na Assembleia Legislativa de Macau. Para isso, recorre-se às teorias de lógica modal de Kripke (2003), Kratzer (1977) e Portner (2009), que entendem as questões de necessidade e possibilidade através da semântica de mundos possíveis. Assim sendo, foi selecionada a interpretação simultânea cantonês-português, de uma reunião plenária em que se discutiram os assuntos sociais pelos deputados e o chefe do executivo. Após a construção do corpus, verificam-se as ocorrências de <em>shift </em>semântico dos verbos modais na interpretação, e observam-se o raciocínio da sua aplicação e as respetivas influências sociopolíticas. Os resultados demonstram que a maioria dos verbos mencionados é pertinente ao <em>shift</em>, indicando aumento da força modal. As mudanças semânticas são, consequentemente, refletidas nas notícias editadas pelos média portugueses locais.</p> Liu Gaole, Sun Yuqi ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40091 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Os estudantes chineses e os materiais autênticos https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40094 <p>Os materiais didáticos para o ensino de línguas estrangeiras consistem frequentemente em manuais editados, embora estes não sejam adequados a todos os contextos de ensino, pelo que será preferível investir na criação de materiais didáticos autênticos, que replicam a utilização da língua-alvo fora da sala de aula. Porém, o ensino na China ainda se faz, em grande parte, através de uma estratégia de ensino tradicional em que todas as atividades são baseadas num manual. Assim, foi distribuído aos estudantes do Curso de Licenciatura em Português na Universidade da Cidade de Macau um questionário, em que estes foram confrontados com as atividades e tarefas (com origem em materiais editados e materiais elaborados pelo docente da mesma disciplina) que tiveram de realizar/desempenhar ao longo do curso, para que as pudessem avaliar tendo em conta a sua autenticidade, a motivação que provocam e a sua eficácia na aprendizagem. Neste artigo, serão analisados e discutidos os resultados deste questionário.</p> Pedro Caeiro ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40094 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Competências digitais dos professores de PLE na China https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40097 <p>O presente trabalho tenta examinar parte da situação atual das competências digitais dos professores de PLE na China, por meio da análise do caso da Universidade de Hubei, baseando-se numa metodologia qualitativa e exploratória, que pressupõe uma entrevista semiestruturada com cinco professoras de PLE da Universidade de Hubei. Os resultados mostram que os professores de PLE possuem competências digitais para atender às necessidades mais básicas do ensino digital, mas ainda se defrontam com certos desafios. Neste contexto, propomos algumas implicações para a criação de um ambiente favorável à promoção das competências digitais dos professores de PLE na China.</p> Yilan Shen ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40097 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Transferência Linguística dos Aprendentes Portugueses de Chinês Língua Segunda https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40100 <p>Este estudo tem como objetivo investigar os fenômenos de transferência linguística em aprendentes portugueses de chinês como segunda língua (CL2), especificamente no que se refere ao uso da conjunção 和<sup>hé</sup> (e) na ligação de constituintes. Analisando 124 composições, observou-se que os aprendentes portugueses de CL2 têm melhor desempenho na ligação de itens nominais, devido à semelhança entre as formas de ligação nas duas línguas, facilitando uma transferência positiva. Entretanto, enfrentam dificuldades na ligação de itens verbais e adjetivais, que se apresentam como uso inadequado da conjunção 和<sup>hé </sup>(e) e ignorância das caraterísticas de elementos coordenados. A maior dificuldade encontrada foi na ligação de orações, em que a estrutura difere do português, levando a erros por transferência negativa. Além disso, a tentativa de equiparação direta da conjunção 和<sup>hé </sup>(e) com “e” em português resulta em hipóteses erróneas e generalizações abusivas.</p> Qunying Li, Yonglei Zheng ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40100 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Convergência Cultural entre a Difusão da Música Ocidental no Oriente e a Migração da Música Chinesa para o Sul https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40103 <p>Macau foi a primeira porta de entrada para a difusão da música ocidental no Oriente e, simultaneamente, o ponto de encontro da migração da música chinesa continental para o Sul, sendo considerado um local de convergência das culturas ocidental e oriental. Ao longo de 400 anos, desde a abertura do Porto de Macau, encontramos, ainda por explorar, muitos vestígios e registos de música, tanto chinesa como ocidental, religiosa como secular, clássica como folclórica. Em comparação com algumas regiões chinesas de contacto relativamente recente com a cultura ocidental ou com os locais em que existem lacunas culturais devido a vários fatores, Macau pode-se considerar como um caso único para a pesquisa histórica musical, devido aos aspetos de colisão, coexistência, integração e transmissão na sua tradição e costumes.</p> Dingcheng Dai ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40103 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 As contribuições do Padre Aureo Castro no intercâmbio musical entre a China e Portugal https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40106 <p>O Padre Aureo Castro desempenhou um papel significativo na promoção do intercâmbio musical entre Portugal e a China. A criação da Academia de Música S. Pio X, o incentivo e apoio a alunos e professores para prosseguirem os seus estudos em Portugal, a organização de atividades musicais sociais e orquestras, e a criação de composições musicais que fundem elementos chineses e portugueses têm sido fundamentais para facilitar o diálogo musical internacional. Os seus esforços têm promovido uma ligação mais estreita entre as culturas musicais chinesa e portuguesa. Simultaneamente, as suas contribuições têm sido fundamentais no domínio da educação e do desenvolvimento musical em Macau, semeando as sementes de um solo cultural fértil no panorama musical de Macau.</p> Zhang Mengrui ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40106 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Arquitetura contemporânea em Pequim https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40136 <p>Para abordar a questão da arquitetura na China e a sua configuração espacial vou falar da arquitetura de um modo geral no grande continente chinês, pois atualmente a análise deve ser feita numa escala multidimensional tal é a amplitude da comunicação, continuidade e interface que a percorre. Este ensaio argumenta que em resultado as trocas de informações, e sinergias criadas, os novos objetos arquitetónicos são visíveis um pouco por todo o país onde diversas experiências se sucedem, multiplicam, cruzam e potenciam. Os anos recentes da produção arquitetónica na China, designadamente em Pequim, foram permeáveis a influências ocidentais na era da globalização. Contudo, ultimamente, tem-se assistido a uma mudança que encontra na autenticidade a sua principal motivação.</p> Maria José de Freitas ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40136 Qua, 28 Mai 2025 00:00:00 +0100 Via do Meio: a proximidade do distante https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40115 <p>[Recensão a] <em>Via do Meio</em>: a proximidade do distante</p> Carlos Morais José ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40115 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Morais, C. & Cuicui, Ch. (Eds.) (2023). Imagens do Oriente na literatura portuguesa. Aveiro: Instituto Confúcio-UA Editora. https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40112 <p>[Recensão a] Morais, C. &amp; Cuicui, Ch. (Eds.) (2023). <em>Imagens do Oriente na literatura portuguesa. </em>Aveiro: Instituto Confúcio-UA Editora.</p> Paulo Alexandre Pereira ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40112 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100 Mai, R., Morais, C., & Pereira, U. (2022). Gramática de Língua Chinesa para Falantes de Português (2.ª ed.). Aveiro: UA Editora/Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro. https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40118 <p>[Recensão a] Mai, R., Morais, C., &amp; Pereira, U. (2022). <em>Gramática de Língua Chinesa para Falantes de Português </em>(2.ª ed.). Aveiro: UA Editora/Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro.</p> João Veloso ##submission.copyrightStatement## http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://proa.ua.pt/index.php/rotasaoriente/article/view/40118 Ter, 27 Mai 2025 00:00:00 +0100