Política linguística em ambiente multilingue: o caso de Timor-Leste

  • Paulo Henriques
  • Rui Ramos
Palavras-chave: Política Linguística, Formação, Tradutor, Plurilinguismo, Diversidade Biocultural, Timor-Leste

Resumo

Timor-Leste é reconhecidamente um país multilingue que, além de ter duas línguas oficiais (Tétum e Português) consagradas na sua Constituição, adiciona a estas línguas outras duas línguas de trabalho (Inglês e Indonésio) e mais de trinta línguas e dialetos regionais e fica situado num dos «pontos quentes de diversidade biocultural» (Maffi, 2007) que há no mundo. Neste ambiente, o Estado é o órgão máximo responsável pelo desenvolvimento e pela preservação das línguas e estas constituem, no seu todo, um fator determinante para manter os laços culturais do povo timorense, a democracia, a coesão nacional e a paz social. Neste contexto, destaca-se a figura do tradutor, a atuar nos serviços fundamentais de utilidade pública timorenses e que deve possuir formação adequada. Contudo, não há atualmente no sistema educativo nacional cursos de formação especificamente vocacionados para a formação inicial ou pós-graduada de tradutores. Além disso, o seu trabalho não é avaliado com critérios rigorosos.

Para promover a reflexão sobre a formação e a ação destes profissionais no contexto timorense, a presente comunicação pretende apresentar as linhas de desenvolvimento fundamentais de um projeto de doutoramento em curso, que analisa a problemática da formação e do papel funcional e institucional do tradutor em Timor-Leste.

Publicado
2021-11-16