Reset ou Game Over?
Como a geração Z está (ou não) a atualizar-se para a Indústria 5.0: Caso CUF
Resumo
Este estudo analisa a função das estratégias de upskilling e reskilling na formação da geração Z para a Indústria 5.0 em hospitais CUF. A geração Z, que tem sido utilizadora de tecnologia desde muito jovem, sofre da tensão entre as competências digitais em crescimento e os valores humanistas. Nesse entendimento, o propósito é avaliar as perceções do grupo clínico sobre a necessidade de formação contínua e barreiras ao uso de inovações tecnológicas. Usamos uma metodologia mista: um questionário online a 38 profissionais (de saúde), com confiabilidade verificada pelo alfa de Cronbach de 0,76, e cinco entrevistas semiestruturadas sobre o que os motivava e quais barreiras conseguiam identificar. Os resultados apontam que 55,3 % sentem melhorias reais em eficiência das tecnologias novas versus tecnologias anteriores mas, 68,4 % das mesmas encontram dificuldades nos processos de integração. Notou-se que 89,5 % reconhecem a necessidade de formação contínua, priorizando formações em tecnologias de diagnóstico e tratamentos digitais, preferindo formatos híbridos. O teste exato de Fisher indica diferenças geracionais na perceção da necessidade de formação. Concluímos que a geração Z está disposta a desenvolver o seu conhecimento, embora a sua evolução dependa dos programas de formação de curta duração, flexíveis e que respeitem as suas dinâmicas. Criar uma cultura de formação integrada e humanizada deve ser um objetivo de forma que a Indústria 5.0, efetivamente, sirva o utente e valorize o profissional.