25 anos

  • Rui Andrade
Palavras-chave: Espeleologia, Geologia, Biologia, Arqueologia, Carsologia, Vulcanologia, Educação Ambiental

Resumo

Eis que se ouve de novo o grito. Um grito que poucos reconhecerão, e que a par de muitos outros gritos, ficou retido nas entranhas e na escuridão do abismo durante mais de 19 anos. Este teve sorte diferente, e “jumariando” rumo à claridade, emergiu à superfície. É agora audível (e quem dera que ensurdecedor) para todos. Em diversas ocasiões ouvi dizer que por vezes é necessário despir o fato de macaco e gritar de modo a que todos nos entendam: quem somos, o que fazemos, e mais difícil ainda, porque o fazemos.

Este é um grito que inclui trabalhos de inventariação e exploração de cavidades efectuados pelo NEUA ao longo da década de 90, abrangendo áreas geográficas tão variadas como: Sicó, Vimioso, Figueira da Foz e Mealhada.

É um enorme grito da espeleologia portuguesa, materializado no trabalho desenvolvido desde 1998 no Sistema do Dueça, pelo colectivo CIES-GPS-NEC-SAGA.

Este constitui um exemplo de cooperação entre associações de espeleologia, e daquilo que de melhor se vem fazendo em termos de espeleologia a nível nacional. Aguardamos ainda que seja um grito de alerta que promova a cooperação entre espeleólogos e entidades oficiais, a bem do carso e do seu património.

É ainda um grito da ciência, de mãos dadas com a espeleologia. Este chega-nos na pessoa da espeleóloga do NEUA, Ana Sofia Reboleira. Estudante de biologia na Universidade de Aveiro, apresenta-nos um estudo diatomológico da qualidade da água da nascente do rio Anços.

É finalmente um grito de homenagem do conselho coordenador de 2005, a todos quantos passaram pelo NEUA, que deixando um pouco de si e do seu tempo, alimentaram o projecto NEUA que cumpre agora o seu XXV aniversário. A todos vós, o nosso bem haja.

Publicado
2005-03-01
Secção
Editorial