Quanto mais pior: considerações acerca da aquisição das vogais orais do Português Europeu por hispanófonos

  • Ana Margarida Vaz Centro de Línguas e Culturas, Universidade de Aveiro
  • Rosa Lídia Coimbra Centro de Línguas e Culturas e Departamento de Línguas e Culturas, Universidade de Aveiro
  • António J. S. Teixeira Departamento de Electrónica e Telecomunicações/IEETA, Universidade de Aveiro

Resumo

Este artigo parte da motivação de pesquisar como os falantes hispanófonos, ao aprenderem Português como língua estrangeira, adaptam o seu sistema vocálico oral ao do PLE. A hipótese de partida será a de que algumas dificuldades surgirão devidas à discrepância entre o número de fonemas vocálicos do espanhol – 5 vogais orais e duas semivogais – e o número substancialmente superior de vogais no português – 9 vogais orais, 5 vogais nasais e 2 semivogais. Através da gravação de produções linguísticas de falantes espanófonos em língua materna e em PLE, procedemos a uma análise fonética experimental dos três corpora – segmentação, medição das duas primeiras formantes das vogais analisada – , a fim de podermos comparar os dois sistemas. Interessa-nos verificar, em especial, como se distribuem no triângulo acústico das vogais orais portuguesas inexistentes no espanhol, factor importante e a ter em conta aquando do ensino/aprendizagem de PLE a hispanófonos.

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Publicado
2024-06-11
Secção
Artigos