A Revista Cadernos de PLE. Estudos Variacionistas e Aplicados em Língua Não Materna é um periódico anual e surge na continuidade da Revista Cadernos de PLE publicada em formato impresso (disponível em: http://www.varialing.eu/?page_id=665).

Os seus editores decidiram relançar esta publicação, agora em formato online, destinada a um público e temática mais alargados. Esta nova edição, que conta também com avaliação por pares, pretende incentivar a pesquisa na área do Português como Língua Não Materna, sob um ponto de vista estritamente linguístico, aliando algumas perspetivas da Variação Linguística à Linguística Aplicada aceitando-se, assim, os diferentes enfoques teóricos e epistemológicos da Linguística Moderna.

A revista Cadernos de PLE. Estudos Variacionistas e Aplicados em Língua Não Materna é uma revista de acesso livre em que todo o conteúdo está disponível gratuitamente. Os utilizadores estão autorizados a ler, descarregar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar os textos completos dos artigos ou utilizá-los para qualquer outro fim lícito, sem pedir autorização prévia ao editor ou ao autor. Isto está de acordo com a definição de acesso livre da BOAI (Budapest Open Access Initiative).

A revista baseia-se num modelo de publicação em acesso aberto e não cobra taxas de publicação aos autores, aplicando uma licença Creative Commons Attribution 4.0 aos artigos publicados. Os autores retêm os direitos de copyright dos seus artigos.

Os editores, após passarem as propostas pela detetor de plágio Urkund, enviarão posteriormente os textos para dois membros da Comissão Científica, assegurando-se assim uma revisão científica por pares cega das mesmas.

A revista permite e encoraja os autores a publicar os artigos submetidos à revista na sua página pessoal e/ou em repositórios institucionais.

E-ISSN: 2795-5680

 

História da Revista:

O Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, iniciou, em 1979, o Curso Internacional de Verão – Lusitanis in Diáspora – dirigido exclusivamente a descendentes de emigrantes portugueses residentes no estrangeiro.
Mais tarde, estes cursos Intensivos de Verão, realizados anualmente, no mês de julho, passam a ter uma outra estrutura e acolhem um público bem mais alargado, contemplando vários níveis de aprendizagem: nível de iniciação, nível intermédio e superior.
Antes disso, já em outubro 1991, com a vinda de estudantes estrangeiros para a Universidade de Aveiro, no quadro dos programas Erasmus e outros programas europeus de mobilidade, surgiu a necessidade de pôr em funcionamento, para além dos Cursos intensivos já existentes, Cursos intensivos nos meses de setembro e fevereiro. Quase em simultâneo, criam-se também os Cursos Semestrais de Português Língua Estrangeira (PLE), destinados, prioritariamente, a esses mesmos estudantes, mas que, rapidamente, são muito procurados por um público diversificado. Os Cursos sofrem alguma reestruturação para poderem acolher todos os estrangeiros, alunos ou não da UA, que pudessem iniciar a aprendizagem do PLE e os que, tendo iniciado já a sua aprendizagem, desejassem aprofundar os seus conhecimentos nas áreas da Língua e Cultura portuguesas.
O interesse crescente pelo Português Língua Estrangeira faz com que, nesse mesmo ano, os Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação, representados respetivamente, pelo Instituto Camões e pelo Departamento de Educação Básica, e a Universidade de Lisboa acordem em reconhecer a criação de um Sistema de Avaliação e Certificação do PLE, ficando, assim, criado o Centro de Avaliação do Português Língua Estrangeira (CAPLE).
Desde a criação do CAPLE, em 1999, o Departamento de Línguas da Universidade de Aveiro passou a ser Centro de Avaliação do Português Língua Estrangeira (CAPLE). A Universidade de Aveiro torna-se, assim, no primeiro Centro de Exames de Português Língua Estrangeira (centro 4002 – Aveiro), para avaliação e certificação do PLE, com vista à obtenção de certificados e diplomas de PLE, emitidos a vários níveis de competência comunicativa (CIPLE, DEPLE, DIPLE, DAPLE, DUPLE), de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, com reconhecimento a nível internacional.
É neste contexto que surge a ideia da criação do projeto de investigação na área do Português Língua Estrangeira, integrado no grupo de investigação Variação Linguística.
Lurdes de Castro Moutinho, responsável por esses mesmos cursos, desde a sua criação, em 1991, até 2005, decidiu, com alguns elementos desse grupo de investigação, promover investigação fundamental sobre o ensino do Português a estrangeiros, com o principal objetivo de contribuir para uma melhor formação e atualização de todos os docentes de PLE, visando também uma maior dignificação do Português no mundo e de todos aqueles que têm a difícil tarefa de o ensinar.
Na sequência disso, cria-se a revista científica Cadernos de PLE destinada a reunir a investigação desenvolvida nessa área. A pesquisa é desenvolvida com recurso a materiais autênticos, escritos e orais, propondo-se abarcar os diferentes níveis de análise linguística – fonético/fonológico, lexical/morfológico, sintático, pragmático, textual – com vista à identificação de problemas existentes no ensino/aprendizagem de PLE, bem como a consciencialização das dificuldades daí decorrentes. Essa pesquisa deu origem à publicação periódica de três números da revista Cadernos de PLE que consideramos constituírem um suporte científico importante para todos os docentes de PLE, em Portugal e no estrangeiro. A sua distribuição pelos diferentes leitorados e cátedras viria a ser assegurada pelo Instituto Camões.
Por razões de natureza diversa, a publicação foi interrompida e, a partir de 2021, Paulo Osório e Lurdes de Castro Moutinho relançaram esta publicação, intitulando-a Cadernos de PLE. Estudos Variacionistas e Aplicados em Língua Não Materna. Esta publicação, em formato online, pretende constituir um contributo para a área do Português como Língua Não Materna, sob um ponto de vista estritamente linguístico, aliando algumas perspetivas da Variação Linguística à Linguística Aplicada, Linguística Contrastiva, aceitando-se, assim, os diferentes enfoques teóricos e epistemológicos da Linguística Moderna.
Trata-se de abrir um espaço de reflexão sobre o Português Língua Não Materna e criar um instrumento que facilite a tarefa de todos os que têm a responsabilidade de ensinar nessa área científica.