Inventário da flora melífera e caracterização palinológica e físico-química do mel da Quinta Ecológica da Moita

  • Marcelino Caravela
  • Miguel Vilas-Boas
  • Paulo Russo- Almeida
  • Paulo Silveira
Palavras-chave: mel, quinta ecológica, Moita, análises físico-químicas, espetro polínico

Resumo

A Quinta Ecológica da Moita (QEM), projeto de educação ambiental, dispõe de um apiário onde é produzido mel, entre outros produtos apícolas. Dado o interesse pedagógico, a valorização em termos comerciais e de informação para os consumidores, considerou-se vantajoso determinar a origem floral e as caraterísticas físico-químicas do mel. A origem botânica foi estabelecida com a identificação e contagem de grãos de pólen e elementos de melada por microscopia ótica (MO). Adicionalmente, foram fotografados os 4 tipos polínicos dominantes pela técnica de microscopia eletrónica de varrimento (MEV). A avaliação da qualidade do mel obteve-se através dos parâmetros de humidade, cor, condutividade elétrica, acidez, pH, teor em hidroximetilfurfural (HMF), índice diastásico, prolina, perfil em açúcares, teor em fenóis totais, capacidade bloqueadora de radicais livres e poder redutor. Das 81 espécies de plantas inventariadas na QEM, 26 foram identificadas na amostra de mel analisada, sem que nenhuma delas ultrapassasse os 45% do total, o que determinou a sua classificação como mel multifloral. As espécies identificadas como mais abundantes foram Castanea sativa, Raphanus raphanistrum, Rubus ulmifolius e Eucalyptus spp. Os dados físico-químicos permitiram classificar o mel com boa qualidade por se encontrarem dentro dos padrões exigidos. Adicionalmente, a componente antioxidante mostrou-se relativamente forte devido aos resultados da capacidade bloqueadora de radicais livres e poder redutor, apresentados pelos respetivos testes, que atingiram um nível de (31,63 ± 0,07) mg mL-1 e (0,81± 0,06) mg mL-1 o equivalente a 80 % respetivamente.

Publicado
2019-07-15