Uma amêijoa (asiática) de sucesso: atividades experimentais com Corbicula fluminea

  • Gonçalo Abreu Universidade de Aveiro
  • Érica Pascoal Universidade de Aveiro
  • Leandro Monteiro Universidade de Aveiro
  • Diogo Mantas Universidade de Aveiro
  • Joana Luísa Pereira
  • Fátima Jesus Universidade de Aveiro
Palavras-chave: taxa de filtração, ensaios laboratoriais, salinidade, biorremediação, ecotoxicologia

Resumo

A amêijoa Corbicula fluminea, vulgarmente conhecida como amêijoa asiática, é um bivalve invasor de água doce. À semelhança de outros bivalves, a amêijoa asiática apresenta uma elevada taxa de filtração, o que constitui uma caraterística interessante e que pode ser facilmente avaliada em contexto de ensino. Neste artigo são propostas duas atividades experimentais que se baseiam nesta caraterística. A primeira atividade proposta relaciona a taxa de filtração das amêijoas com as caraterísticas da água, nomeadamente a salinidade, com os objetivos de avaliar o efeito da salinidade na taxa de filtração das amêijoas, bem como exemplificar como este parâmetro pode condicionar a expansão e distribuição geográfica da espécie. A segunda atividade aborda o potencial de aplicação desta espécie em soluções de biorremediação, permitindo assim obter uma vantagem da sua elevada taxa de filtração. O objetivo desta segunda atividade é exemplificar a aplicação do bivalve em biorremediação de águas eutrofizadas/poluídas. As atividades laboratoriais foram idealizadas para serem realizadas no âmbito das aulas das disciplinas de Biologia e Geologia (10º ano ou 11º ano) e de Biologia (12º ano) do Ensino Secundário. Não obstante, podem ser adaptadas a outros ciclos de ensino, por exemplo para apoiar tópicos programáticos em que a regulação trófica dos ecossistemas aquáticos é abordada. A sua realização permite articular diferentes disciplinas (nomeadamente Biologia, Química e Matemática), familiarizando os alunos com diferentes conceitos, procedimentos e equipamentos laboratoriais.

Publicado
2024-06-20
Secção
Artigos