Estudo exploratório de poluentes gasosos em escolas primárias de Luanda

  • Célia Anjos Alves CESAM, DAO, Universidade de Aveiro
  • Yago Cipoli
  • Estela Vicente
  • Joaquim Ituamba
  • Anabela Leitão
Palavras-chave: Escolas, Luanda, BTEX, ozono, dióxido de azoto, compostos de carbonilo

Resumo

Em várias salas de aula e nos pátios exteriores de quatro escolas primárias de Luanda foi realizado um estudo preliminar envolvendo monitorização por métodos passivos de vários poluentes gasosos: benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX), ozono (O3), dióxido de azoto (NO2) e compostos de carbonilo. As concentrações registadas não excederam os limites de exposição e padrões de qualidade do ar estabelecidos por organismos internacionais. Os valores de NO2 observados nas salas foram muito próximos dos obtidos no exterior, enquanto os de BTEX no interior excederam ligeiramente os registados nos pátios. Estes compostos tiveram origem maioritariamente nas emissões do tráfego rodoviário. Os níveis de O3 nas salas de aula foram, em média, 2,3 vezes inferiores aos do exterior. Para a generalidade dos compostos de carbonilo, as concentrações nas salas de aula foram 1,8 a 3,8 mais elevadas do que as medidas nos pátios, sugerindo a presença de fontes de emissão ativas no interior. O butiraldeído, formaldeído e hexaldeído foram os compostos de carbonilo mais abundantes. Enquanto os níveis de BTEX, O3 e NO2 em Luanda se situaram nos intervalos reportados para escolas de países europeus, as concentrações de formaldeído nos estabelecimentos de ensino da capital angolana foram mais baixas, refletindo as melhores condições de ventilação natural propiciadas por um clima mais ameno.

Publicado
2024-11-07
Secção
Artigos