Caracterização do papel dos Social Media em Projetos de Ciência Cidadã ligados à Biodiversidade

  • Bárbara Maria Freitas de Barros Dept. Biology, FCUP – Faculty of Sciences – University of Porto; GreenUPorto – Sustainable Agrifood Production Research Centre.
  • Sofia S. Oliveira Dept. Biology, FCUP – Faculty of Sciences – University of Porto; CIIMAR - Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research.
  • Joana Pereira CESAM - Centre for Environmental and Marine Studies, Dept. Biology, University of Aveiro.
  • Paulo Santos Dept. Biology, FCUP – Faculty of Sciences – University of Porto; CIIMAR - Interdisciplinary Centre of Marine and Environmental Research.
  • Ruth Pereira Dept. Biology, FCUP – Faculty of Sciences – University of Porto; GreenUPorto – Sustainable Agrifood Production Research Centre.
Palavras-chave: Comunicação de ciência, Conservação da natureza, Redes sociais, Monitorização

Resumo

A utilização dos social media por parte de projetos de ciência cidadã pode trazer vários benefícios, como a facilitação dos processos de recrutamento e retenção de voluntários. Assim, o objetivo do presente trabalho prendeu-se com a caracterização do uso dado aos social media pelos projetos Portugueses de ciência cidadã ligados à biodiversidade. Para isso, foi compilada uma base de dados nacional, que incluiu informação sobre o âmbito geográfico, a duração, o ecossistema alvo e a presença online de cada projeto. Posteriormente, efetuou-se uma análise do conteúdo publicado pelos projetos de ciência cidadã no Facebook, Instagram e Twitter. Ao todo, foram documentados 32 projetos de ciência cidadã ligados à biodiversidade em Portugal, que tinham maioritariamente uma curta duração (igual ou inferior a 3 anos) e um âmbito nacional. A maioria dos projetos não estava presente em nenhuma plataforma social (n = 18, 58%), mas os que estavam utilizavam preferencialmente o Facebook. De uma forma geral, as plataformas sociais foram sobretudo aproveitadas para consciencializar e disseminar conhecimento sobre o tema ou espécies-alvo do projeto (n = 184, 39%), sendo a retenção (n = 80, 17%) e o recrutamento de participantes (n = 70, 15%) o segundo e o terceiro uso analisado mais frequente, respetivamente.

Publicado
2020-12-04
Secção
Artigos