Arabidopsis thaliana: planta teste em estudos multidisciplinares

  • Darlan Q. Brito CESAM e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
  • Vanessa Menezes-Oliveira CESAM e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
  • Mónica J. B. Amorim CESAM e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
  • Amadeu M. V. M. Soares CESAM e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
  • Susana Loureiro CESAM e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
Palavras-chave: Arabidopsis thaliana, Linhagens mutantes, Stress ambiental, Ensaios ecotoxicológicos

Resumo

Arabidopsis thaliana é uma planta herbácea da família Brassicaceae e é nativa da Europa, Ásia e África tropical, apresentando uma grande distribuição a nível mundial. Esta planta possui um genoma relativamente pequeno quando comparado com o de outras plantas (apenas 5 pares de cromossomas) e um ciclo de vida curto, o que permite o acompanhamento de todas as fases do seu ciclo de vida e das gerações sucessoras, sendo também de fácil cultivo e manutenção em laboratório. Devido a estas características, A. thaliana foi a primeira planta a ter o genoma completamente sequenciado, sendo uma planta modelo em estudos genéticos. A fácil manipulação dos seus genes permite a produção de novas linhagens (mutantes), que podem apresentar diferentes sensibilidades quando expostas a factores de stress ambiental. Estes podem ser naturais (variação na temperatura, humidade, luminosidade, entre outros) e/ou antropogénicos (compostos químicos, como os pesticidas e metais pesados). Exemplares de plantas selvagens, assim como os seus mutantes produzidos em laboratório, têm sido utilizados em ensaios ecotoxicológicos com o intuito de avaliar a influência directa dos factores de stress ambiental na germinação, crescimento e biomassa das plantas.

Publicado
2009-01-01
Secção
Artigos