Avaliação do potencial algicida e algistático de extractos vegetais em Chlorella vulgaris e Anabaena cylindrica

  • Sandra Barros CIMO, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança
  • Ana M. Geraldes CIMO, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança
  • Conceição Fernandes CIMO, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança
Palavras-chave: Microalgas, Extractos vegetais, Actividade algicida e algistática

Resumo

No presente trabalho foi investigado o potencial algicida e algistático de óleos essenciais e de decocções extraídos das seguintes plantas: alfazema (Lavandula sp.), alecrim (Rosmarinus officinalis), loureiro (Laurus nobilis), mendrasto (Mentha suaveolens), freixo (Fraxinus angustifolia), choupo (Populus sp.) e sabugueiro (Sambucus nigra). Para tal, culturas de Chlorella vulgaris (Chlorophyta) e Anabaena cylindrica (Cyanophyta) foram expostas a diferentes concentrações dos extractos mencionados. Os resultados obtidos indiciam que os óleos essenciais testados possuem propriedades algicidas e que apenas as decocções de alecrim e loureiro na concentração máxima testada terão efeito algistático nas culturas de C. vulgaris e capacidade de diminuição da proliferação celular nas culturas de A. cylindrica. A decocção de freixo também parece ter efeito algistático mas apenas na cultura de A. cylindrica. No futuro, e num contexto de uma maior sustentabilidade ambiental, plantas ou extractos, com propriedades algicidas ou algistáticas poderão ser utilizados para controlar o excesso de algas em pequenas albufeiras, charcos e piscinas. Por outro lado, os conhecimentos adquiridos poderão também contribuir para uma melhor gestão da flora ribeirinha de forma a minimizar a ocorrência de crescimento excessivo de algas nos ecossistemas aquáticos.

Publicado
2011-01-01
Secção
Artigos