Avaliação terapêutica de Inula crithmoides L. em órgãos reprodutores de ratinhos expostos a tetracloreto de carbono

  • Sara Rodrigues Departamento de Biologia, Universidade de Aveiro
  • Helena Silva Departamento de Biologia e CESAM (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar), Universidade de Aveiro
  • Maria de Lourdes Pereira Departamento de Biologia e CICECO (Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos), Universidade de Aveiro
Palavras-chave: Inula crithmoides, Toxicidade, Testículo, Edpidídimo, Tetracloreto de carbono, Histopatologia

Resumo

Inula crithmoides é uma planta amplamente utilizada na medicina tradicional devido principalmente aos seus efeitos hepatoprotectores. Contudo, o objectivo deste trabalho foi estudar os efeitos protectores e/ou regeneradores de I. crithmoides, em órgãos reprodutores de ratinhos. A actividade protectora ou regeneradora dos frutos desta planta foi estudada por análise histopatológica, usando o tetracloreto de carbono (CCl4), como indutor de toxicidade. Os animais foram divididos em 5 grupos: Grupo I - grupo de controlo positivo (CCl4); Grupo II - grupo de controlo negativo (NaCl 0,9%); Grupo III - grupo tratado apenas com I. crithmoides; Grupo IV grupo pré-tratado com CCl4 no primeiro dia, seguido de tratamento com I. crithmoides; e Grupo V – grupo tratado com I. crithmoides durante 4 dias, e no último dia tratado com CCl4. O período de exposição foi de 6 dias, excepto para o grupo I, que foi de 2. Todos os animais foram pesados e injectados subcutaneamente e sacrificados 24h após a última injecção. Testículos e epidídimos foram recolhidos para análise histológica convencional. As secções histológicas de testículo apresentaram vacuolização, libertação e acumulação de células imaturas e células em degenerescência no lúmen do túbulo seminífero, nos grupos tratados com CCl4 (I, IV e V). Os cortes de epidídimo revelaram sinais de vacuolização e em todos os grupos se evidenciaram zonas desprovidas de espermatozóides. Contudo, estas alterações foram negligenciáveis, dado que correspondem a menos de 10% do total da secção analisada. Os grupos IV e V revelaram menores alterações histopatológicas, comparativamente com o controlo positivo.

Publicado
2011-01-01
Secção
Artigos