Desenvolvimento e estabelecimento de linha celular de blástula de Xenopus laevis
Resumo
A redução do uso de experimentação animal tem-se tornado uma prioridade nos últimos anos. As metodologias in vitro, nomeadamente através da realização de experiências com linhas celulares, têm demonstrado constituir uma alternativa rápida, simples, de baixo custo e sensível à experimentação animal. O desenvolvimento destas metodologias é particularmente relevante no contexto de avaliação de risco (AR) de contaminação em anfíbios, uma vez que esta Classe de vertebrados apresenta uma grande proporção de espécies ameaçadas a nível mundial, sendo a poluição um dos principais fatores a contribuir para esse declínio. O presente estudo pretendeu isolar e desenvolver uma linha celular de blástula da espécie de anfíbio Xenopus laevis, de modo a poderem ser utilizadas em fases iniciais de AR de compostos químicos em anfíbios. Para tal, utilizaram-se embriões de X. laevis em fase de blástula aos quais se removeu a gelatina e a membrana vitelina. Foram testados vários protocolos de descontaminação dos ovos e diferentes condições de cultura celular, variando o meio de cultura, e as concentrações de antibiótico e fungicida. O presente trabalho permitiu desta forma o desenvolvimento de uma cultura celular primária proveniente do estádio de desenvolvimento de blástula de X. laevis.
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