Desenvolvimento e estabelecimento de linha celular de blástula de Xenopus laevis

  • Verónica Bastos Departamento de Biologia e CESAM, Universidade de Aveiro, Aveiro
  • Helena Pires
  • Helena Oliveira
  • Isabel Lopes
Palavras-chave: Culturas celulares; In vitro; Xenopus laevis; rã-de-unhas-africana; anfíbios; linha celular de embrião

Resumo

A redução do uso de experimentação animal tem-se tornado uma prioridade nos últimos anos. As metodologias in vitro, nomeadamente através da realização de experiências com linhas celulares, têm demonstrado constituir uma alternativa rápida, simples, de baixo custo e sensível à experimentação animal. O desenvolvimento destas metodologias é particularmente relevante no contexto de avaliação de risco (AR) de contaminação em anfíbios, uma vez que esta Classe de vertebrados apresenta uma grande proporção de espécies ameaçadas a nível mundial, sendo a poluição um dos principais fatores a contribuir para esse declínio. O presente estudo pretendeu isolar e desenvolver uma linha celular de blástula da espécie de anfíbio Xenopus laevis, de modo a poderem ser utilizadas em fases iniciais de AR de compostos químicos em anfíbios. Para tal, utilizaram-se embriões de X. laevis em fase de blástula aos quais se removeu a gelatina e a membrana vitelina. Foram testados vários protocolos de descontaminação dos ovos e diferentes condições de cultura celular, variando o meio de cultura, e as concentrações de antibiótico e fungicida. O presente trabalho permitiu desta forma o desenvolvimento de uma cultura celular primária proveniente do estádio de desenvolvimento de blástula de X. laevis.

Publicado
2020-07-01
Secção
Artigos