Deteção da infeção por Perkinsus sp. em diferentes zonas de produção europeias de amêijoa-boa, Ruditapes decussatus

  • Andreia Cruz
  • Ana Cerviño-Otero
  • Óscar Iglesias
  • Fiz da Costa
Palavras-chave: Ruditapes decussatus, amêijoa-boa, Perkinsus, protozoário, mortalidade, RFTM

Resumo

A amêijoa-boa, Ruditapes decussatus, é uma espécie nativa da Europa com um elevado valor gastronómico e económico. As populações naturais desta espécie estão a ser drasticamente reduzidas devido à sobre-exploração dos bancos naturais, à poluição, ao impacto dos fatores abióticos (entre eles, as variações significativas de temperatura, salinidade e pH), e a patologias causadas por bactérias, vírus e protozoários. Uma das patologias que afeta mais severamente a amêijoa-boa é a infeção por um parasita protozoário do género Perkinsus que causa relevantes taxas de mortalidade em bivalves em várias partes do mundo. As espécies que podem ter um impacto económico mais relevante são Perkinsus marinus e Perkinsus olseni, pois provocam mortalidades massivas que afetam significativamente a produção. O presente trabalho, teve como principal objetivo o estudo da suscetibilidade/resistência de várias populações europeias infetadas por Perkinsus sp. através do método de tioglicolato líquido de Ray (RFTM). Esta informação permitirá às empresas eleger as populações de amêijoa-boa que poderão vir a ser usadas em programas de melhoramento da espécie, na descoberta de marcadores moleculares envolvidos na resistência a Perkinsus sp., entre outras aplicações.

Publicado
2019-03-15
Secção
Artigos