Comunidade de diatomáceas como bioindicador da qualidade da água: uma atividade prática

  • Martha Santos Universidade de Aveiro
  • Mário J Pereira Universidade de Aveiro
  • Ana T Luís Universidade de Aveiro
  • Fernando JM Gonçalves Universidade de Aveiro
  • Tânia Vidal Universidade de Aveiro
Palavras-chave: diatomáceas, qualidade da água, monitorização, sistemas de água doce

Resumo

Atividades como a agricultura, indústria, desenvolvimento urbano e alterações climáticas originam sérios impactos nos sistemas de água doce, levando à sua degradação e perda de biodiversidade. Portanto, é necessário monitorizar e recuperar todas as massas de água para que estas atinjam um bom estado ecológico. A comunidade de perifiton, nomeadamente as diatomáceas, revelou ser um excelente bioindicador na monitorização e avaliação da qualidade das águas, devido aos seus ciclos de vida curtos, refletindo variações súbitas no ambiente. Estas algas microscópicas possuem características únicas como as frústulas compostas por sílica, providas de estruturas e ornamentações, que apresentam formas e disposições distintas, permitindo, assim, a distinção das espécies segundo a observação da sua morfologia. As espécies de diatomáceas possuem níveis característicos de tolerância a mudanças ambientais, como ao pH, à condutividade ou à quantidade de nutrientes, o que fornece informação acerca da qualidade da água de determinado local em estudo, pela sua presença ou ausência, essencial para a monitorização dos sistemas aquáticos. Assim, este estudo propõe o uso da comunidade de diatomáceas na avaliação da qualidade de água de um rio, apresentando para isso os diversos procedimentos de amostragem, de preparação de amostras para observação ao microscópio, de identificação de espécimes, através de uma chave dicotómica elaborada para o efeito, e de cálculo simplificado do valor final de qualidade.

Publicado
2019-03-15
Secção
Artigos