Cianobactérias: problemática e estratégias de gestão em sistemas dulçaquícolas com uso recreativo

  • Inês P.E. Macário Universidade de Aveiro
  • Bruno B. Castro Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) & Departamento de Biologia, Universidade do Minho
  • Isabel M.S. Nunes Universidade de Aveiro
  • Fernando Gonçalves Universidade de Aveiro
  • Daniela R. de Figueiredo Universidade de Aveiro
Palavras-chave: cianobactérias, estratégias de gestão, saúde pública

Resumo

Cianobactérias são organismos procariotas capazes de realizar fotossíntese. Em determinadas condições ambientais, estes organismos podem multiplicar-se e atingir densidades muito elevadas – blooms. Estes blooms contribuem negativamente para a qualidade da água, podendo conduzir a problemas ecológicos, económicos, ou representar um risco para a saúde pública, devido à capacidade de algumas espécies produzirem toxinas. Os relatos de envenenamento devido à presença de cianotoxinas na água são cada vez mais comuns e com registos em todo o mundo. Num contexto de alterações climáticas, com o aumento da temperatura e da eutrofização por ação humana, as condições de excelência para a formação dos blooms tornam-se mais frequentes. Neste domínio, Portugal não é uma exceção, tendo vindo a ser registados blooms frequentes, principalmente em lagos e albufeiras, com predominância de espécies potencialmente tóxicas. Este facto constitui um motivo de preocupação e um alerta para a necessidade de adoção de estratégias de gestão. Neste sentido, vários documentos legais têm sido criados para a proteção das massas de água e da saúde pública. Este trabalho teve como objetivo enquadrar a problemática relacionada com a presença de cianobactérias em sistemas aquáticos dulçaquícolas, bem como os mecanismos legais disponíveis para a sua gestão em águas para uso recreativo.

Publicado
2019-03-15
Secção
Artigos