A comunicação entre quem representa e quem é representado: a falta de regulamentação do Lobbying em Portugal

  • João Simão Escola Superior de Comunicação Social
  • Mafalda Eiró-Gomes Escola Superior de Comunicação Social
Palavras-chave: Lobbying, Representação, Comunicação, Portugal, Democracia

Resumo

Pretende-se discutir neste artigo a importância da regulamentação da actividade de Lobbying em Portugal. A actividade de Lobbying permite uma melhor apresentação e esclarecimento sobre questões mais complicadas da vida social, trazendo informação pertinente e argumentos válidos para a discussão política e para a procura daquilo que é o interesse público. O Lobbying é, acima de tudo, uma importante ferramenta competitiva num conflito de interesses, sendo que quanto mais transparente e regulado mais são será o sistema democrático. Observar esta actividade enquanto expressão de um interesse permite-nos perceber que uma estratégia de Lobbying é fulcral na influência de políticas públicas, pois o seu principal objectivo é  exactamente influenciar proactivamente os agentes políticos. Estando regulado nos países anglo-saxónicos, na União Europeia, e ainda noutros países de diferentes continentes, importa pois perceber a importância que a regulamentação do Lobbying traria a Portugal e as vantagens que a democracia portuguesa poderia beneficiar. Este é essencialmente um estudo exploratório, onde também é utilizada metodologia quantitativa (inquéritos por questionário a agências de comunicação.) e qualitativa (entrevistas a profissionais da área). Através do estudo efectuado conclui-se que a regulamentação actividade de Lobbying é um assunto que não é pacífico junto dos profissionais do sector da Comunicação, apesar de ser perceptível a sua existência (mesmo não regulamentada) e ser uma actividade necessária para o bom  funcionamento da Democracia.

Publicado
2013-01-01
Secção
Relações Públicas e Comunicação Organizacional