O Telejornalismo em sinal aberto na Era da Informação ubíqua: o problema da perda do “Common Knowledge” e o (novo) papel do Telejornalista

  • Sónia Sá Pires Universidade da Beira Interior
  • António Fidalgo Universidade da Beira Interior
Palavras-chave: Telejornalismo, Informação ubíqua, Plenty television, Common knowledge, Audiências móveis, Telejornalistas

Resumo

A oferta televisiva em Portugal aumentou consideravelmente nos últimos anos com a ampla distribuição de canais por cabo, disponível, agora, em vários suportes multimédia. Vivemos a era da plenty television (Ellis, 2000) na qual o contexto multicanal disponibiliza uma múltipla escolha não só nos tradicionais écrans de televisão, mas também nas novas plataformas que rapidamente emergiram e fazem parte do quotidiano de milhares de utilizadores. Depois do período áureo do final do século passado e do início do terceiro milénio, a televisão generalista regista, pela primeira vez na sua história de pouco mais de meio século, o declínio do número de espectadores e a consequente perda de receitas baseadas, essencialmente, na publicidade. O motivo central desta profunda alteração acontece com a introdução da tecnologia digital (Graham, 2006) que está a revolucionar a relação dos media com os públicos, disponibilizando o multicanal, a interatividade, a televisão por subscrição. Se pensarmos que no início dos anos 90 a televisão generalista estava disponível em praticamente todos os lares em Portugal – inicialmente com apenas dois canais, em 1992 com três e em 1993 com quatro canais em sinal aberto -, a internet ainda estava a começar e poucos imaginariam o impacto desta sobre a televisão. O mercado da televisão generalista está a mudar rapidamente o que tem causado incertezas implacáveis quanto à sustentabilidade de um negócio que foi tido como o mais poderoso e influente da história da comunicação.

Publicado
2013-01-01