Business association as a necessary condition to tourism destination coopetition strategy
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Resumo
Objetivos: A coopetição é um comportamento intrínseco e não intencional no setor do turismo, mas pode tornar-se intencional e uma estratégia se for bem conduzida (Köseoğlu et al., 2019). As associações empresariais geralmente reúnem muitas partes interessadas e são habituais em destinos turísticos, uma vez que o setor do turismo e hotelaria (T&H) é frequentemente fragmentado, geograficamente disperso e tem muitas pequenas empresas. Assim, utilizam associações comerciais para criar sinergia e voz colectiva (McKercher, 2022). Portanto, as associações são centros naturais de coopetição (Chim-Miki et al., 2018; Wang & Krakover, 2008), mas também podem ser impulsionadores ou condições necessárias. Este estudo analisa o papel das associações empresariais na geração de redes de coopetição em destinos turísticos. Em segundo lugar, o estudo examina o efeito do contexto empresarial na disposição para a coopetição.
Metodologia: Esta pesquisa quantitativa utiliza duas técnicas: Modelagem de Mínimas Equações Estruturais Parciais (PLS-SEM) e Análise de Condições Necessárias (NCA) realizadas através do software SmartPLS 4.0. NCA é um método para verificar se uma condição deve ser satisfeita para alcançar um resultado específico. O PLS-SEM é um método para testar modelos e relações causais entre variáveis (Becker et al., 2023). Ambos os métodos são indicados para construir teorias e testar hipóteses (Hair et al., 2011; Richter et al., 2013). Os dados foram coletados de empresas e organizações turísticas públicas e privadas em um destino turístico brasileiro por meio de um questionário um destino turístico brasileiro, Foz do Iguaçu.
Principais resultados e contribuições: Os resultados sugeriram que as associações empresariais são uma condição determinante e necessária para criar vontade para a coopetição turística. Portanto, as associações comerciais são essenciais como centros e mediadores de estratégias de coopetição que podem impulsionar o desenvolvimento dos destinos turísticos. Contudo, outra variável também mostrou como condição necessária à Coopetição, a visão de longo prazo das empresas, pois com esta mentalidade as empresas apoiam mais associações comerciais. O modelo também testou o efeito do contexto empresarial no associacionismo e na disposição para a coopetição turística. Este contexto considerou o nível de concorrência no destino e o nível de complementaridade entre as empresas. Os resultados indicaram que o contexto de competição tem mais efeito sobre a coopetição do que o contexto de cooperação.
Limitações: Tivemos duas limitações principais: a amostra, pois testamos as hipóteses utilizando apenas um destino turístico, e a ausência de modelos e escalas anteriores sobre o tema. Ambas as limitações foram minimizadas pelo rigor da análise e pela adequação dos métodos.
Conclusões: Nosso estudo desenvolveu e propôs uma estrutura e testou as ligações entre associacionismo e disposição para coopetição. Além disso, identificou impulsionadores empresariais, sectoriais e industriais para melhorar o associacionismo e as redes de coopetição. Os destinos turísticos devem melhorar a visão de longo prazo entre empresas e organizações. Os elevados níveis de competição intra-destino fomentam mais o associacionismo do que o nível de complementaridade entre empresas. Isto significa que as associações empresariais horizontais, associações comerciais entre empresas do mesmo subsector, tendem a ser mais fortes do que as associações com um âmbito mais amplo de participantes. Os gestores de destinos turísticos devem incentivar a criação de mais associações empresariais e utilizá-las para gerar redes de coopetição mais fortes para o desenvolvimento do turismo.