Sustentabilidade no setor hoteleiro: Estudo de Caso na região autónoma da Madeira

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Luiz Pinto Machado
António Almeida

Resumo

Apesar de se reconhecer que a Indústria Hoteleira tem sido um dos principais setores na adoção de iniciativas no âmbito da Economia Circular (E.C.), é do conhecimento geral que as Unidades Hoteleiras geram quantidades significativas de resíduos, com frequência resíduos evitáveis, com registos muito longe dos valores de referência em matéria de resíduos da EU que apontam para um objetivo de 0,6 kg por hóspede/noite. Muitos desses resíduos são tratados como lixo quando poderiam ser reaproveitados, pelos próprios hotéis ou por outros utilizadores.


A recorrente escassez de determinados recursos e produtos, somada ao risco na esfera climática e ambiental, fazem com que o planeamento, gestão e controlo da qualidade dos ecossistemas venha a ser o mais detalhado e eficiente possível. A Região Autônoma da Madeira (RAM), como território isolado e com recursos escassos, regista entre as suas prioridades, compreender a fragilidade dos ecossistemas insulares, que tendem a ser altamente sensíveis e expostos a riscos e ameaças externas. 


Considerando a dependência económica do setor do turismo, pretende-se adotar modelos mais sustentáveis e eficientes. Baseado em respostas de cerca de 1000 questionários, recolhidos na Ilha da Madeira, identificaram-se atitudes, práticas, preocupações e grau de aceitação de medidas a implementar ao nível do destino e do estabelecimento hoteleiro. Num exercício centrado nos dados, e num tratamento estatístico objetivo dos mesmos conclui-se que adoção do paradigma “EC” implica sacrifícios (alteração de hábitos enraizados, diminuição do consumo de certos recursos) a redefinição das expectativas e o acesso a experiências diferentes, mais sustentáveis e menos utilizadoras de recursos escassos. O estudo oferece algumas notas para reflexão, nomeadamente que tipo de cooperação e sinergias podem ser desenvolvidas com outros setores e partes interessadas, sugerindo um caminho para seguir rumo a um ecossistema turístico resiliente e sustentável.

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Resumo alargado