Viagens de um património alimentar português O Arroz-doce

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Maria José Araújo

Resumo

O reconhecimento, valorização e divulgação dos patrimónios alimentares permitem a recuperação dos sabores, saberes e saberes-fazer, pilares da cultura e da identidade de um povo, promovendo a sua transmissão às gerações vindouras, indispensável na salvaguarda do património cultural imaterial.


A experiência turística é, cada vez mais, uma experiência sensorial e a maioria dos turistas consegue entender a cultura local através da sua gastronomia. A inclusão dos patrimónios alimentares na oferta turística gastronómica constitui-se, pois, como um pilar de desenvolvimento da experiência turística, contribuindo para o desenvolvimento local e para o branding territorial.


O Arroz-doce marcou a sua presença na doçaria portuguesa desde os tempos medievos e ainda hoje está presente nas mesas do quotidiano, sendo um prato obrigatório nas festividades, nomeadamente nas mesas natalícias.


Pretende-se com este estudo analisar as alterações do Arroz-doce ao longo dos séculos, no que diz respeito aos ingredientes, quantidades e unidades de medida utilizadas, preparação e modo de apresentação da receita. Sendo certo que os patrimónios alimentares não são estáticos, refletindo alterações históricas e sociais, a análise efetuada permite concluir, contudo, pela quase inalterabilidade da receita do Arroz-Doce, justificando também por esse motivo o seu lugar de destaque na doçaria tradicional portuguesa e na oferta turística gastronómica e a sua classificação como património alimentar português.


 

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Resumo alargado