Perspectivas de Baixo Carbono e Sustentabilidade do Turismo na Amazônia Brasileira Análise da Projeção de Gee Equivalentes em dois Atrativos Turísticos em Manaus
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Resumo
Objetivos | Nas questões ambientais, desde 1987 com o Relatório Brundtland, o termo desenvolvimento sustentável e o conceito do tripé da sustentabilidade triple bottom line, introduzido por Elkington (1994), têm papel fundamental para uma agenda que reconhece a necessidade de integrar o pensamento ambiental em todos os aspectos sociais, políticos e econômicos. Mais adiante, incluíndo nas práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização como evidenciado no relatório Who Cares Wins (2004). Em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente os números 11, 12, 13, 14 e 15. Embora deva se reconhecer que dos ODS, o turismo tem potencialidade de ser relacionado a todos (OMT, 2023). No cenário atual, o turismo de baixo carbono, torna-se imprescindível para atenuar o curso das catástrofes naturais que vem se repetindo de forma mais frequente e rigorosa. Deste modo, este estudo tem como objetivo central avaliar as projeções de gases de efeito estufa equivalentes em dois atrativos turísticos de Manaus, no Estado do Amazonas: o Teatro Amazonas e o Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões, antes e depois da pandemia do SARS-COV-19 declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Metodologia | O estado do Amazonas é o maior em extensão territorial da República Federativa do Brasil e, por conseguinte, da Amazônia Brasileira. Dadas as condições geográficas, o principal meio de transporte para se chegar ao Amazonas é aéreo, sendo Manaus, a capital do Estado, a porta de entrada e a cidade indutora do turismo, tendo como principais atrativos turísticos o Encontro das Águas e o Teatro Amazonas. Estas razões justificaram a escolha da cidade de Manaus para se constituir como objeto deste estudo. Serão verificados, em base projetiva, a emissão de GEEe nos sistemas de transporte destino/origem local, produção de resíduos sólidos e consumo de energia nos dois principais atrativos turísticos de Manaus, comparando-os entre os períodos de 2018-2019 e 2021-2022, com vistas a observar o comportamento antes e depois da pandemia do SARS-COV-19. A fim de possibilitar o alcance dos resultados prospectados será possível estabelecer metas de redução a partir de um conjunto de ações de mitigação para uma jornada de ação climática. Além disso, um questionário será aplicado aos gestores dos dois atrativos turísticos, com a finalidade de verificar o nível de conhecimento relacionado ao tema, bem como o grau de engajamento de suas jornadas de ação climática.
Principais resultados e contributos | Vislumbra-se que os achados da pesquisa apontem para medidas capazes, de desenvolver ações de mitigação para redução das emissões de gases de efeito estufa equivalentes e também de um conjunto de medidas que possam auxiliar a percepção positiva dos usuários: gestores, habitantes e turistas e ao desenvolvimento de condutas mais sustentáveis em face de suas jornadas de ação climática, associando-as aos objetivos de desenvolvimento sustentável.
Limitações | Pelos levantamentos bibliográficos realizados nesse estágio preliminar do estudo têm-se como limitação teórica a incipiência de estudos sobre a descarbonização no turismo. Infere-se que na etapa empírica a limitação poderá ocorrer em função do exíguo tempo para a pesquisa de campo e análise dos dados.
Conclusões | O setor de turismo é uma das principais atividades econômicas que pode ser afetado pelas mudancas climáticas e apresenta parcela importante no volume de emissões de GEE. Diante disso, concebe-se que este estudo deixará como legado uma contribuição metodológica inovadora ao ser desenvolvida verificando em base projetiva as emissões de GEEe e quais medidas de mitigaçao podem ser propostas para serem aplicadas no contexto da Amazônia Brasileira.