Uma abordagem institucional do subjetivismo responsável na adoção das normas internacionais de contabilidade: uma análise crítico-reflexiva sobre os inibidores à convergência no Brasil

  • Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo Universidade de S. Paulo
  • Fábio Frezatti Universidade de S. Paulo
  • Ana Paula Capuano da Cruz Universidade Federal do Paraná
  • Flaviano Costa Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Normas Internacionais de Contabilidade, Teoria Institucional, Subjetivismo Responsável, Convergência

Resumo

O presente ensaio foi desenvolvido com a finalidade de identificar, à luz da perspectiva da Teoria Institucional das Organizações, os “inibidores” à adoção das Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS no cenário brasileiro. A proposta foi instigada pela necessidade de mudanças de ordem filosófica, de postura e de atitude profissional introduzidas pela promulgação da Lei 11.638, em 28.12.07, cuja finalidade foi a promoção de alterações e revogações na Lei das Sociedades por Ações. A análise crítico-reflexiva realizada sugere que a transição de uma metodologia substancialmente apoiada no pilar regulador para uma modelagem que preza também pela reunião de bases normativas e cultural-cognitivas enfrenta vultosos obstáculos. Nesse sentido, identificou-se que [1] o subjetivismo responsável, [2] a prevalência da essência sobre a forma, [3] o abandono do caráter prescritivo, [4] o processo de formação profissional, [5] a carência de profissionais suficientemente habilitados, [6] fatores culturais, entre outras características inerentes à conduta do profissional contábil brasileiro, representam “inibidores” à convergência às IFRS.  Como alternativas à minimização da ação de tais “inibidores”, sem a pretensão de esgotá-las, acredita-se ser salutar investir: [1] na conscientização da premente necessidade de um novo profissional, [2] na revisão do processo educacional brasileiro e [3] na formalização de políticas contábeis.
Publicado
2010-01-01
Secção
Artigos