Empreendedorismo, educação e cidadania: um estudo de caso nos Açores

  • Josélia Fonseca Universidade dos Açores, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
  • Sandra Dias Faria Universidade dos Açores, Faculdade de Economia e Gestão, Advance / CSG, ISEG, Universidade de Lisboa
  • Maria Tiago Universidade dos Açores, Faculdade de Economia e Gestão, CEEAplA - Centro de Estudos de Economia Aplicada do Atlântico
Palavras-chave: empreendedorismo, educação empreendedora, cidadania, estudo de caso, Açores

Resumo

A educação para o empreendedorismo tem de ser perspetivada num sentido amplo, como algo que transcende o desenvolvimento de competências empreendedoras dos jovens adultos tendo em vista a criação e o desenvolvimento do tecido empresarial. Educar para o empreendedorismo deve ser entendido como um processo de formação e desenvolvimento do cidadão, compreendendo este como uma pessoa autónoma, proactiva e criativa capaz de agir responsavelmente em prol do seu desenvolvimento pessoal e social. Assim sendo, se reconhece a pertinência de se promover um processo educacional para o empreendedorismo e para a cidadania desde tenra idade. Neste artigo pretendemos refletir e problematizar a relação intrínseca e dialética que existe entre educação, empreendedorismo e cidadania, analisando a propensão empreendedora dos alunos do ensino básico.
Deste modo, efetuámos um estudo de caso em escolas do 1º ciclo do Ensino Básico, públicas e privada, do concelho de Ponta Delgada, mais especificamente a turmas do 3.º e 4.º anos às quais aplicámos um questionário com o intuito de compreender o potencial empreendedor de crianças que nunca contactaram com programas de educação empreendedora.
O trabalho a desenvolver procurará, em linha de continuidade com o estudo efetuado no ano passado, concluir acerca dos ganhos/perdas na autonomia, criatividade, cidadania e empreendedorismo das crianças, como também possibilitar a adequação dos programas de educação empreendedora, contemplando dois tipos de diferenças: as de contexto refletidas nas próprias crianças, nas escolas e nos professores que acompanham a implementação destes programas, ao nível do ensino básico; e as diferenças de atitudes das crianças, dos professores e dos responsáveis pelos estabelecimentos de ensino.

Publicado
2019-04-01