https://proa.ua.pt/index.php/teografias/issue/feed Teografias 2024-04-25T06:23:13+01:00 António Manuel Ferreira antonio@ua.pt Open Journal Systems <p>Teografias – Literatura e Religião é o título de um projeto de investigação sediado na Universidade de Aveiro e financiado pela FCT. Com a duração de três anos, o projeto pretende estudar a inscrição de alguns temas religiosos no discurso literário, privilegiando as literaturas em língua portuguesa.</p> https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/35692 Uma árvore de gestos. Vazio e promessa na poesia de José Augusto Mourão 2024-04-25T06:23:13+01:00 Gonçalo Cordeiro sbidm-proa@ua.pt <p>Este ensaio busca ler a poesia de José Augusto Mourão, destacando o que nela remete para uma representação bíblica da condição peregrina do homem sobre a terra. Reconhecer nesta poesia uma forma de oração transfiguradora do mundo, torna possível fazer do futuro um agora e do deserto um templo universal.</p> 2024-02-15T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/35713 Al Berto nas doze moradas do sagrado 2024-04-25T06:23:11+01:00 Isabel Solano Almeida sbidm-proa@ua.pt <p>Usando alguns conceitos de Georges Bataille, observa-se na obra de Al Berto uma santidade da transgressão que, pelo excesso e pela dissolução, conduz às suas metamorfoses sagradas.</p> 2024-02-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36301 Mulher sem nome: santidade (im)possível – Doroteia de Hélia Correia 2024-04-25T06:23:10+01:00 Maria Eugénia Pereira sbidm-proa@ua.pt <p>Neste conto de Hélia Correia, uma figura sem nome toma forma e espaço na narrativa, dependendo a sua existência exclusivamente da sua condição de mulher e de mãe. Considerada pecadora, ela é julgada e condenada por uma sociedade em busca do equilíbrio social e moral e entrega-se aos rituais do sacrifício e da penitência. Todavia, é pela revolta e pelo amor à filha que vive o sagrado e que atinge a santidade.</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36304 Transfigurações do sagrado nos contos de Cristóvão de Aguiar 2024-04-25T06:23:08+01:00 Mónica Serpa Cabral sbidm-proa@ua.pt <p>A religiosidade constitui um tema relevante nos contos de Cristóvão de Aguiar, em particular a religiosidade açoriana, retratada através de um olhar irónico, crítico e irreverente. Neste estudo, apresentamos uma reflexão sobre aspetos que enformam essa visão, dando especial atenção às figuras mais representativas e à oposição entre duas noções de sagrado: a de um Cristianismo abrangente, inocente e luminoso, que engloba o humano e está aberto ao questionamento e à reinterpretação; e a da doutrina católica, representada por uma Igreja cúmplice da guerra e da tradição opressora.</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36307 Homo Sacer: Francisco de Assis e a (bio)politização da santidade em José Saramago 2024-04-25T06:23:07+01:00 Isabel Cristina Rodrigues sbidm-proa@ua.pt <p>O presente ensaio sobre A Segunda Vida de Francisco de Assis, de José Saramago, propõe o reequacionamento hermenêutico da santidade do poverello de Assis através do desenvolvimento operatório do conceito bakhtiniano de exotopia e da formulação agambiana do biopoder, salientando-se, assim, o modo como a definição de homo sacer se revela pertinente na leitura crítica do santo recriado por Saramago.</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36310 Santos para todos os tempos 2024-04-25T06:23:06+01:00 Rosa Maria Goulart sbidm-proa@ua.pt <p>O breve ensaio de Vergílio Ferreira sobre S. Francisco de Assis e os de Eça de Queirós sobre o cardeal Mannig e sobre Antero de Quental servirão como ponto de partida e de chegada, respetivamente, para uma análise de textos literários e críticos sobre o tema da santidade. Se esta representa um conceito partilhado e mais consensual, a sua concretização na imagem do santo assume representações diversas segundo os tempos, as culturas e até as necessidades, sendo ainda extensível a alguns não-canonizados que se destacam por excionais qualidades humanas, e que algum contemporâneo aproxima daqueles que receberam as honras do altar.</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36313 O grotesco e o apelo do maravilhoso em “Maria do Ahú”, de José Régio 2024-04-25T06:23:04+01:00 Manuel José Matos Nunes sbidm-proa@ua.pt <p>Neste texto analisa-se a forma como num conto de José Régio – “Maria do Ahú” – se cruzam o grotesco, o apelo do maravilhoso e a temática social. Exemplo da excelência do escritor na arte da narrativa curta.</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36316 São Paulo, “Poeta da Loucura”, na visão de Teixeira de Pascoaes 2024-04-25T06:23:02+01:00 Margarida Santos sbidm-proa@ua.pt <p>Afirma Pascoaes que o pecado e o remorso são mais fecundos do que a virtude e é a partir desta convicção que ele constrói a biografia do jovem judeu Paulo de Tarso, implacável perseguidor dos cristãos, que, na sequência da morte de Estêvão, primeiro mártir, teve uma visão na qual Deus o interpelava. Convertendo-se, tornou-se no apóstolo Paulo, o divino Poeta da Loucura, na expressão de Pascoaes e, com a mesma loucura apaixonada com que antes O combatia, passou a defender Cristo e a levar a Sua palavra a judeus e pagãos, vencendo cansaços, humilhações, maus tratos e a prisão, até sofrer ele próprio o martírio. Na primeira Epístola aos Coríntios, Paulo recomenda: “se algum de entre vós se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser sábio” (1 Cor 3, 16-23).</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36319 A sagração da luxúria, segundo Raul Leal 2024-04-25T06:23:00+01:00 Manuela Parreira da Silva sbidm-proa@ua.pt <p>Para Raul Leal, o sacrifício do corpo e a luxúria são duas formas vertígicas e complementares de libertar o Espírito, vivenciando Deus-Satã. Este é o desígnio humano, assente na ideia de que a Imensidade (Deus) existe em cada um de nós, do mesmo modo que cada um de nós existe na Imensidade (em Deus).</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36322 Hagiografias seculares: metamorfose ou rotura? 2024-04-25T06:22:59+01:00 Luís Machado de Abreu sbidm-proa@ua.pt <p>O discurso sobre os santos e a santidade faz parte do campo semântico da religião. No Agiológio Rústico, livro publicado por Tomás da Fonseca em 1957, encontramos dez narrativas breves que traçam o perfil de homens e mulheres do mundo rural cujas vidas, simples e laboriosas, honradas e solidárias, fazem deles verdadeiros heróis do quotidiano. São os santos anónimos, dignos de verem as suas virtudes celebradas em hagiografias seculares. Com estas hagiografias, o autor não se limita a ampliar o número e a natureza dos tipos de santidade. Acima de tudo, quer subverter os pressupostos da hagiografia religiosa tradicional.</p> 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36325 A hagiografia em Raul Brandão – para uma poética da santidade 2024-04-25T06:22:57+01:00 Maria João Reynaud sbidm-proa@ua.pt 2024-03-19T00:00:00+00:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36493 Santas e Histéricas: a neurose mística na neo-hagiografia naturalista 2024-04-24T18:55:16+01:00 Paulo Alexandre Pereira sbidm-proa@ua.pt <p>A obsessão finissecular pela neurose mística, patente na obra de múltiplos autores naturalistas, sondou o que nessa patologização da virtude se reconhecia como expressamente sexuado e, portanto, reconduzível a uma psicofisiologia especificamente feminina. Amparado por estereótipos essencialistas de género, o diagnóstico da histeria facultava, mormente nas suas interseções com o misticismo feminino, um poderoso dispositivo ideológico de catalogação biossocial que a ficção literária não deixou de ecoar. Propõe-se, no presente trabalho, um reexame das relações entre histeria e santidade, a partir da análise de duas narrativas naturalistas: Santa Adosinda, de Abel Botelho, e Amor Divino, de Teixeira de Queirós.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36496 Metamorfoses da santidade de um santo irrequieto. “Como um vento de morte e de ruína”: disforias anterianas 2024-04-12T06:21:12+01:00 José Maria Rodrigues Filho sbidm-proa@ua.pt <p>Através do mote “Como um vento de morte e de ruína”, foi discorrido um texto polifônico e polidiscursivo, no qual aparecem, dentro de uma ordenação motivada e parafrásica que procurou mostrar o clima disfórico dos sonetos de Antero de Quental, amostras das metamorfoses dos grandes momentos da poesia do poeta-Santo, bem como a dramatização poética dos últimos momentos de sua vida.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36499 Orbe celeste: histórias da perfeição 2024-04-12T06:21:11+01:00 Sara Augusto sbidm-proa@ua.pt <p>Este trabalho pretende mostrar como o tema da “santidade” é abordado na ficção romanesca da literatura barroca. Com efeito, ao estabelecer fortes relações com os tratados espirituais da mesma época, as novelas exemplares, morais e alegóricas, estabelecem um percurso de peregrinação e de psicomaquia, apresentando episódios de transmutação entre aparência e verdade, mas sobretudo ensaiando uma metamorfose interior, que permite à figuração da alma humana passar da ilusão e do engano ao desengano e à conformação com a vontade divina.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36502 A santidade do poema: ascese da forma, metamorfose dos símbolos em Orides Fontela 2024-04-12T06:21:09+01:00 Marcos Aparecido Lopes sbidm-proa@ua.pt <p>Este ensaio discute a proximidade entre a depuração formal, presente na poesia de Orides Fontela, e a ascese espiritual, prática milenar da tradição ocidental. Para desenvolver a reflexão proposta, abordo o conceito de santidade, em seu sentido convencional; em seguida, reflito os vínculos possíveis entre poesia e experiência religiosa no mundo moderno e concluo com um comentário analítico de alguns poemas de Orides Fontela com o objetivo de definir o estatuto da palavra poética frente ao sagrado.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36505 As etapas da santidade em Cecília Meireles 2024-04-12T06:21:07+01:00 Noémia dos Santos Silva sbidm-proa@ua.pt <p>Pretende-se mostrar como Cecília Meireles (1901-1964) apresentou as etapas da santidade em sua poética. Para tanto, analisar-se-á a narrativa de sua infância, Olhinhos de Gato (1938-1940), Oratório de Santa Clara (1955),&nbsp;Romance de Santa Cecília (1957), e Oratório de Santa Maria Egipcíaca (1957). O referencial teórico é a imagem poética (literária) no pensamento de Gaston Bachelard.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36508 A santidade como “aprendizagem do pequeno sofrimento” no romance Fronteira, de Cornélio Penna 2024-04-12T06:21:06+01:00 Marcelo Tadeu Schincariol sbidm-proa@ua.pt <p>Em Fronteira (1935), romance de estreia de Cornélio Penna, Maria Santa é preparada pela tia, D. Emiliana, para o grande dia da revelação de mais um de seus milagres. Este artigo trata de como a questão da santidade é explorada nesse romance, num contexto em que o ato criminoso possibilita o reconhecimento da verdadeira condição humana, de seus limites e de sua miséria, espaço esse em que Deus, por sua vez, mostra-se mais próximo.<br>Trata-se de um percurso marcado pelo contato vertical com o sofrimento e pela possibilidade de transcendê-lo, processo que envolve o grande risco de esmorecer diante da impossibilidade de encontrar uma finalidade para a própria existência.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36511 Vozes do sagrado em Lavoura arcaica, novela de Raduan Nassar 2024-04-12T06:21:04+01:00 Luiz Gonzaga Marchezan sbidm-proa@ua.pt <p>Este trabalho analisa as estratégias narrativas, de Raduan Nassar em Lavoura arcaica, utilizadas para mostrar uma visão do sagrado e da santidade.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36514 Entre Santos: metamorfoses da sacralidade em Machado de Assis 2024-04-12T06:21:03+01:00 Igor Rossoni sbidm-proa@ua.pt <p>O presente estudo visa a refletir sobre jogos retóricos praticados pelo narrador machadiano na construção de “Entre santos”, especificamente no que concerne às metamorfoses de sacralização/dessacralização experimentadas pela condição humana.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36517 Homo Viator sentado: uma novela de João Paulo Borges Coelho 2024-04-12T06:21:01+01:00 António Manuel Ferreira sbidm-proa@ua.pt <p>Na novela “O pano encantado”, João Paulo Borges Coelho reactiva o motivo do Homo Viator, associando-o a uma fantasiosa e artística peregrinação a Meca.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36520 Adjetivar santos: um estudo linguístico de pagelas 2024-04-12T06:20:53+01:00 Rosa Lídia Coimbra sbidm-proa@ua.pt <p>Marcando diversos momentos da vivência religiosa ou apoiando a devoção dos crentes, as pagelas (santinhos) são textos multimodais, combinando representações icónicas e linguísticas, com uma superestrutura estabilizada. Na presente pesquisa, partimos de um corpus de pagelas de santos e santas e analisámo-las quanto a estes parâmetros, bem como quanto à utilização de nomes, adjetivos e metáforas utilizadas na sua descrição.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36613 Profanando o improfanável: fetos em arte 2024-04-25T06:22:56+01:00 Maria Aline Ferreira sbidm-proa@ua.pt <p>O objectivo deste ensaio é reflectir sobre a cada vez maior exposição mediática do embrião e do feto tanto na cultura científica como no imaginário cultural e popular, assim como sobre as consequências e contestações dessa maior visibilidade, a partir de algumas representações artísticas e literárias. Será dada especial atenção ao trabalho dos artistas Suzanne Anker, Damien Hirst e Marc Quinn, assim como da escritora Sylvia Plath, como ilustrações contemporâneas da aparente autonomia e crescente iconicidade dessacralizada do feto, que inserido num discurso que enfatizava a sua “santidade” é transposto agora para um contexto que sublinha a sua faceta mais profana e secular. Será utilizado especialmente o trabalho teórico da historiadora de ciência Donna Haraway, de Paul Virilio e de Giorgio Agamben, em particular “Elogio da Profanação”, para ajudar a analisar a ética visual das representações em questão.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36616 A santidade em metamorfose entre a Teologia e a Literatura 2024-04-25T06:22:54+01:00 Alex Villas Boas sbidm-proa@ua.pt <p>O presente trabalho tem como objeto material a busca de sentido da vida a partir da construção de uma teopatodiceia, no qual a teologia é vista como pergunta pelo sentido [logos] de Deus [Theós] na busca de sentido humana, por meio daquilo que chamamos de pensamento poético teológico, como forma de desvelamento de sentido, ou ainda, o elemento existencial das fórmulas teológicas, por um empréstimo de pensamento da Literatura.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36619 Literatura e Religião 2024-04-25T06:22:53+01:00 Francisco Maciel Silveira sbidm-proa@ua.pt <p>O ensaio pretende delimitar as fronteiras entre Literatura e Religião. Num primeiro momento, veremos a Literatura servindo-se da Religião como tema ou recurso retórico. Em seguida, examinaremos a Religião servindo-se de recursos literários retórico-persuasivos para veicular seus ensinamentos. Por fim, tenta-se demarcar a zona fronteiriça em que Literatura e Religião se confundem e se distanciam na assunção de suas características intrínsecas.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36622 Entre o pathos e a salvação: uma leitura do sentimento religioso em Os contos do tio Joaquim 2024-04-25T06:22:51+01:00 Fernanda Monteiro Vicente sbidm-proa@ua.pt <p>Na obra Os contos do tio Joaquim, de Rodrigo Paganino o sentimento religioso determina a existência do ser humano desde tenra idade até ao momento da sua morte. Neste percurso sucedem-se as perdas, os reencontros e a retoma de diálogos, tantas vezes quebrados, entre a humanidade e a divindade. A religião presentifica-se na obra de Paganino nas crenças religiosas, nos princípios e valores da religião cristã, na conceção da personagem do padre de aldeia, nos rituais litúrgicos, nas passagens bíblicas, nas imagens e personagens da tradição cristã, bem como nos símbolos do pensamento religioso. O discurso religioso de cariz popular desempenha também um papel importante nesta questão.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36625 Deus e Diabo na ótica transgressora de Machado de Assis 2024-04-25T06:22:50+01:00 Maria Heloísa Martins Dias sbidm-proa@ua.pt <p>Tomamos dois textos de Machado de Assis – o conto “A Igreja do Diabo” (Histórias sem data, 1884) e um capítulo de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) – com o propósito de discutirmos a visão desestabilizadora do escritor brasileiro no que se refere a valores institucionalizados e pré-estabelecidos na esfera religiosa. Procedimentos de construção inovadores são utilizados em sua narrativa ficcional para darem corpo ao posicionamento crítico&nbsp;do escritor, o qual reverte hierarquias e joga habilmente com a linguagem, seja pela ironia, seja pela subversão de provérbios, seja pelo resgate dialógico com a tradição. Em Machado, o leitor é convocado a uma participação ativa na recepção de seus textos, pois os sentidos são imprevisíveis e a maneira de estruturá-los também nos surpreendem, o que acentua o papel desautomatizador da literatura.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement## https://proa.ua.pt/index.php/teografias/article/view/36628 O tópos do paganismo na crítica e na estética literária: Pessoa e Botto 2024-04-25T06:22:41+01:00 António Fernando Cascais sbidm-proa@ua.pt <p>A autonomização da esfera do estético-expressivo, com a correspondente emergência da figura do artista como cultor de uma autêntica arte de viver, independente de códigos sociais, morais e ideológicos, é a condição última da defesa e ilustração que Fernando Pessoa faz de António Botto como esteta. O topos do paganismo constitui o eixo do argumentário pessoano no intuito de demonstrar que a obra de Botto é uma pura revivescência moderna do esteticismo helénico. No entanto, a polémica pública, político-moral, suscitada pela obra de Botto e respetiva defesa por Pessoa, haveria de pôr a nu as fragilidades intrínsecas do argumento do esteticismo pagão. José Régio ainda recorre a ele, mas de forma já muito precária e Jorge de Sena ultrapassa-o definitivamente.</p> 2024-04-11T00:00:00+01:00 ##submission.copyrightStatement##